Vilarejo Leafsun

Olho para ela e pergunto com calma:

- Aska, você pode carregá-la para irmos?

E me viro com naturalidade esperando alguma reação dela, e evito até pensar, mantendo minha mente limpa e concentrada.

"Realmente o alvo era mais forte do que eu pensava"...

Fico em silêncio, apenas pensando em alguma alternativa. Enfrentá-lo seria suicídio.

- Então, você veio atrás de sua filha?

Pergunto com calma, mantendo ainda a cautela diante dele.

"Nem de perto desejo uma luta com que consegue anular meus genjutsus, mas ao mesmo tempo, não sei o que fazer"...

Imediatamente olho para trás, deixando o corpo de Yumi-senpai ao chão rapidamente, já tentando deduzir o que estava acontecendo e uso meu chakra para evocar novamente a forma Gakiken, e ver o que ele estava querendo dizer com isso, já deduzindo que ela poderia cair, para pegá-la, evitando sua queda.

OFF

Rolo algum teste?

Enquanto seguro Aska nos braços, não importando mais agora, novamente surge aquele pensamento chato em minha mente...

"Novamente aquela sensação"...

Estava cansado nisso, tinha de agir rápido. Mesmo esgotado, antes que as pessoas começassem a aparecer novamente, aproveitando a fumaça em volta, pego o mais rápido possível o que havia sobrado de útil de nosso quarto e imediatamente decido sair dali, levando Yumi e Aska para um lugar seguro, isolado possível de Lifesun, alguma parte florestal, próximo da rota onde viemos.

Não tinha muitas coisas comigo, por causa da explosão, então eu faço o que posso para cuidar delas, aproveitando que havia pegado panos para cobrí-las, do que sobrou de lá.

Verifico a pulsação delas, vendo que elas estavam bem e decido dar um tempo para elas descançarem. Pois eu estava muito cansado, decido poupar energia, principalmente mediante a possibilidade de tentar coletar algum alimento.

É neste momento que paro pensar em tudo que aconteceu... Coloco as mãos as cabeça, ainda aturdido e com um sentimento de indignação... Era a terceira vez que isso acontecia...

"...e se não fosse a luta de vocês dois, deixando Yume fora da jogada enquanto Aska me carregava, eu não teria conseguido fugir delas"...

"...foi tudo um plano muito bem arquitetado... Investimos em um espião de Hotaru para passar essa missão a vocês, já que Sayon já havia marcado minha filha com o Selo que nós fizemos, e então foi só reunir um pouco de informação inútil e enganar alguns tolos"...

Tolos...

Tolos...

Ficar lembrando das palavras daquele inimigo me deixava atordoado e terrivelmente irritado... Nunca senti tanto ódio de minha incapacidade, de ter sido enganado... E ainda ter atrapalhado a missão...E ainda ter se sentido inútil... Pela terceira vez... E o pior... Myka se foi levado por aquele inimigo... Haru aparentemente se foi...

- DROGA! DROGA! DROGA! - sussurro mas com uma fúria, mas descontando minha raiva numa árvore próxima. Dou respirada... E então eu lembro das palavras de Himura-sensei...

"...Sozano, você é o melhor Shinobi que eu já vi... Quando Gennin eu gostava de treinar, gostava de namorar... Nunca pensei em grupo como você pensou... Te invejo"...

E lembro de minhas palavras...

"...Não quero depender de algo incerto que vem do meu selo, que só trará perigo a eles... A partir de agora, vou fazer o possível para buscar um caminho melhor e mais certo para ser forte"...

E então penso triste, quase como um lamento... Retiro a bandana de meu sobretudo (bastante rasgado) e olhando para ele, eu penso triste, de forma lamentosa...

"Sensei... Você não teria orgulho deste gennin aqui... Que teve que apelar para aquilo que tanto renegava... Só para que não falhasse... Fui desleal aquilo que prometi... Acho que eu não mereço mais essa bandana"...

A bandana cai de minha mão. Estava depressivo demais para pensar... Eu não conseguia raciocinar mais. Parece que nada mais importava... Buscava algo para me motivar...

E então lembro das palavras de Haru... Naquele dia em que fizemos uma promessa...

"Agora volta pra Hime, ela deve estar te esperando e não se preocupa, nós vamos conseguir dominar nossos poderes, e essa promessa nunca vai precisar ser cumprida"...

Lembro aquele momento. Surgi um misto de lamento e ironia por meu pensamento... Um sorriso de canto... Misturado com uma lágrima escorre em meu rosto. Seguro novamente a bandana que havia caído... Apesar das decepções, parece que sempre surgia uma esperança...

"É... Haru... Pelo menos você me fez lembra de Hime e agora vou cumprir a promessa de voltar inteiro para ela"... - dou um suspiro, fechando olhos e concluo - "Onde quer que você esteja... Será que realmente você morreu"...?

O relato de Myka naqueles instantes da manhã, sobre a possibilidade dele estar quase morto me deixa inquieto...Mas eu estava cansado demais e decido deixar para analisar isso depois, apesar de saber que era necessário achá-lo o mais rápido possível, caso ele esteja gravemente ferido...

Não ia adiantar sair procurando pelo corpo de Haru no estado em que me encontrava, pois a prioridade neste momento era descansar ali para recuperar minhas energias, enquanto cuido de Yumi-senpai e Aska, esperando que elas recobrem suas forças.

Vendo que estava de tarde e a fome aperta, decido armar uma fogueira e aproveito o cantil de água, bebo um pouco de água e decido colher umas frutas que estavamos mais próxima, usando kinobori para escalar de maneira mais fácil, mas economizando chakra, pois eu ainda estava esgotado. Deixo o cantil e as frutas próximos a elas, enquanto como algumas, pois estava esgotado e morto de fome... Mas entretando, apesar do bom sabor, as preocupações eram incessantes...

"E agora... O que eu faço"...

Olho para ela, e peço:

- Por favor, deite-se. Descanse, por favor...

Enquanto espero uma reação obediente, eu respondo ao que ela falou, ainda um pouco amargo e desanimado:

- Foi o mínimo que eu podia fazer... Depois de tudo que aconteceu... - tento me anima, forçando um sorriso gentil e peço - Coma, Aska. Coletei essas frutas ainda pouco... Aqui tem um pouco de água, pode beber... - ofereço a ela e concluo triste - Infelizmente o resto foi destruído na explosão, então eu tive que me virar um pouco... Irei procurar alguma mudas para fazer um chá e improvisar um "cuia" e um fogo para esquentar...

Não estava bem disposto a contar o que aconteceu no momento, apesar de me preparar para uma possivel indagação dela. Escoro novamente na arvore, olhando preocupado para Yumi-senpai, pensando:

"Que tipo de genjutsu afetou ela... Espero que sua mente esteja bem"...

Logo assim que Sozano diz para mim deitar e descansar, me aproximo e o beijo suavemente os lábios, depois digo, ainda próxima da boca dele:

- Obrigada por cuidar de mim e de minha mãe. E me desculpe se isso lhe eu fiz lhe feriu, mas é o mínimo que eu poderia ter feito com alguém que salvou minha vida e a de minha mãe. Você é um bom ninj...

Caio para o lado desmaiada.

Eu passo a mão nos lábios e penso:

"O que ela... Fez"...

Balanço a cabeça irônico e penso:

"Bem, tomara que fique só nesse agradecimento... Seria problemático se ela ficasse interessada... Mas que besteira estou pensando?! Aff"...

Pego-a, ajeitando de volta, coloco o pano, enquanto termino de esquentar a água pra fazer um chá. Enquanto isso, com agua morna, faço uma compressa com ervas que colhi, em Yumi-senpai e em Aska, enquanto verifico o local onde ela sentia dor, por garantia, só para saber se havia algum sangramento ou hematoma. Fico sem graça um pouco, ainda mais depois do que ela fez, mas vejo que era necessário. Então faço levanto um pouco sua blusa da roupa e faço uma compressa em seu abdômen, com intenção de aliviar a dor que sentira.

"Não sei se isso dar, mas acho que é o suficiente"...

Saio para fazer uma ronda pelo local, sem me distanciar muito, para saber se estava tudo seguro, observando tudo a volta e depois retorno, para continuar descansando novamente.

Depois de um tempo, retorno a ajeitar as compressas, que havia feito, mudando as ervas, e em Aska, notando que os hematomas contornam seus seios e ombros, removo sua blusa para cobrir em cima com um pano, mas fico mais sem graça com esse procedimento.

"Droga... Eu tenho que ficar olhando para o corpo dela...¬¬"

Após isso, fazendo o máximo respeito para não "admirar" nada, completo com mais compressas nas regiões afetadas pelo hematoma, e enfaixo com outro panos que eu tinha pego. E então coloco novamente o pano que a cobria, enquanto descansava. Então noto que ela estava com uma costela quebrada e fico alarmado, pois pode causar uma hemorragia em contato com os orgãos.

"Droga! Isso é perigoso"...

Não tinha como avaliar se ela tinha hemorragia algo ou não, pois eu não sabia avialiar os hematomas, mas com o corpo enfaixado, a tala e as compressas, era o máximo que podia fazer por ela. Ao mesmo tempo não podia deixá-las sozinhas aqui. Não havia muito o que fazer, diante dos meus precários conhecimentos em medicina.

Sem pensar duas vezes, olho para Yumi novamente, notando sua expressão, vou tentar fazer algo. Se esse genjutsu foi afetado pela Ukio, creio que terei que gastar muito chakra para libertar, como não consegui daquela vez... De qualquer forma, se foi afetado pela Myka naquele momento, eu creio que será a mesma coisa.

Rapidamente, tento me acalmar e ficar concentrado. Novamente coloco os dedos sobre as têmporas dela e procuro relaxar a minha mente e me concentrar, antes de aplicar um jutsu de liberação.

"Tomara que dê certo"...

* Kai *

- Droga! Genjutsu é forte demais...

Enquanto sussurro contendo a minha raiva. Termino o procedimento, mas percebo algo:

- Hum?

E então rapidamente ao ver o movimento do dedo, percebendo um lapso, imediatamente percebo os itens na cintura dela, que podem ser grande valia para essa situação e rapidamente verifico eles. E ao ouvir a tosse de Aska, fico preocupado, na esperança de encontrar algo que possa ser útil para ela, já que Yumi infelizmente está afetada pelo Genjutsu. Hajo rápido procurando as coisas da sensei...

"Vamos lá... Tem de haver algo aqui"...

Sozano encontra o pergaminho onde indicava a posição de todos. Myka estava ainda marcada no mapa, próxima dos limites de Konoha para Suna, longe de onde eles estava agora. Quando ele vê os pontos piscando no mapa ele nota que há todos, menos 3. Himura, Haru e Tsubaki. Pouco depois Myka some também.

Há também duas seringas lacradas e fechadas, dois lacres de outras duas, frascos de adrenalina (2 no total), e 2 pílulas negras (pelo seu valor em Sabedoria ninja, você sabe que são pílulas recepiente, e são usadas por Jounnins para curar ferimentos rapidamente. Porém são difíceis de ser encontradas à venda pois são raras).

Neste momento, sem pensar duas vezes, eu pego uma das pílulas negras e faço Aska acordar, mesmo tossindo muito e então digo:

- Tome. Isso irá melhorar. - coloco com cuidado a pílula em sua boca, e então a faço a engolir, enquanto peço para ela beber um pouco de água.

Após isso, eu a deito devagar, por causa do ferimentos e fratura na costela e imediatamente, guardo todos os itens comigo, para depois devolvê-lo a Yumi, quando eu conseguir tirar ela deste problema...

Analiso o mapa novamente, mas ainda fico em agonia pelo pontos de Haru, Himura-sensei e Tsubaki-senpai estarem apagados. Fico com uma vontade de sair atrás deles, mas... Eu tinha de ter calma e esperar a recuperação de pelo menos uma delas, para que eu verificar isso...

"Tenho de ter calma... Não posso me afobar"...

Imediatamente me aproximo dela, sem hesitar e peço:

- Por favor, Aska, se me permite, tenho de ver como está sua fratura...

E mesmo sem esperar uma resposta dela, verifico a área do abdômen, removendo parte das faixas, onde estavam as compressas, de maneira alarmada, ao ver aquilo acontecer e pergunto bem preocupado:

- Você está se sentindo melhor ou alguma coisa, ainda está com dor?

Ela olha para vocÊ assustada e então diz:

- Senti uma dor aguda agora... não sei Sozano Kurama, mas eu acho que vou morrer...

Então você percebe que a esperança some dos olhos dela, deixando-os num tom verde-musgo, ao invés do verde-esmeralda que era. Então ela começa a tremer bastante e diz:

- Como está minha mãe?

Sozano sente que ela toca segura sua mão com força, mas mesmo assim, certo carinho.


OFF

Aska apesar de ter sangue escorrendo da boca, não manifesta nenhum sintoma externo de dano.

- Droga! - eu a abraço levemente, já pensando sobre o erro de ter dado a pílula negra - Eu fui afoito, culpa minha! Você estava com uma fratura e eu lhe dei uma das pílulas negras de sua mãe, pensando que iria lhe fazer bem! Me perdoa, por favor...

"Mesmo sabendo que uma pílula negra cura ferimentos, eu devia ter sido mais paciente e ter analisado"...

Tento analisar uma maneira de salvá-la, pensar em algo que poderia ajudá-la, olho rapidamente os lacres das seringas que já foram abertas, para saber alguma informação... Mas paralelo a isso quando começo a sentir o corpo dela, tremer... Falo num tom quase choroso, segurando firme a mão dela, sabendo que ela poderia ficar revoltada ao ter ouvido ela dizer que vai morrer.

- Diga o que faço, por favor... Diga... Sua mãe ainda não despertou... Eu não sei mais o que fazer... Por favor... Não morra... Me diga o que faço para salvá-la...

"Não entendo.. O que está acontencendo com ela"?

- Não, não vou deixá-la... Não se preocupe!

Rapidamente pego uma injeção de adrenalina e aplico em seu corpo, a pedido dela, sem pensar duas vezes... E então, após isso, abraço ela pedindo, quase desesperado:

- Por favor... Não morra... Não morra... Não me deixe nesta situação...

Tento pensar em mais algo, mas eu não consigo, mediante o que está acontecendo com ela... Não sabia mais o que fazer...

- Claro que você não vai morrer! Resista o quanto puder... Eu irei leva-la daqui de volta para cidade, para procurar ajuda, não me perdoaria se você morresse por minha causa... Não me perdoaria... - quase chorando lhe abraçando - O que posso fazer por você, Aska... O que posso... Se você resistir eu também faço o que puder por você... Mas não diga que irá morrer, por favor resista!

Olho para ela, acariciando sua face, ainda sem saber o que fazer, já pensando que se ela piorar terei de levar o mais rápido possivel de volta a Lifesun, para procurar ajuda, mesmo que isso me custe problemas, pelo que aconteceu lá...

"Posso ser preso, mas pelo menos tenho de salvar vida dela"...