Edo

- Nhaiiiiiiiiiiii, não por favor...

"Maldito, mas agora ele vai se dar mal... NUNCA MAIS TOQUE EM MIM!"...

Assim que ele tenta me carregar, ele não percebe que a garra da minha guante se projeta da manopla esquerda e então com um giro do braço, rasgo o pescoço dele, num cintilante golpe mortal e então afundo o golpe para atingir sua artéria. Ele irá sangrar como um pouco até morrer. Não podia perder tempo com um cara nojento como aquele.

Assim que me livro dele, corro para a parte mais escura, pegando minha arma no chão, que estava no meio do caminho, pois já tinha dado vacilo de mais.

Infelizmente voltei a estaca zero, nas informações.

Simplesmente me coloco em posição de cautela naquela distância enquanto ele girava a corrente.

Não podia virar as costas senão ele iria me atingir.

Então eu fico próxima a um post, mas não olho para dar sinal. Não podia debochar daquele idiota. Mas tenho certeza de que assim que ele lançasse sua Kusaigama, iria abrir sua guarda. Então só esperei esse momento, concentrada

Penso em aproveitar a oportunidade para fugir naquele momento. Não podia perder tempo com aquilo, pois tinha de tentar fazer algo pelo Hikoko-kun...

Tinha de encontrá-lo de qualquer jeito!

Eu tinha de dizer algo para ele...

"Não posso deixá-lo sem resposta... Não posso deixá-lo morrer"...

Mas ao mesmo tempo, fico temendo pela vida daqueles homens, pois achava que aquele idiota era um tanto forte. Mas...

"Hiko-kun, droga... Por que"...

Imeditamente aproveito que ele se virou de costas e atiro contra aquele idiota, para impedí-lo de machucar aqueles homens. Ficaria espantada se ele resistisse. Mas se ele resistisse, estava preparada para usar aquele plano. Teria de colocar toda força de meu punho para acertá-lo.

Imediatamente eu meneio sem graça, e ao mesmo tempo irritada com vexame, dizendo:



- Ei! Não chora! Não precisa ficar assim! Ora, você é incontrolável e tentou me aliciar (alias, me aliciou ¬¬')... Mereceu por ter agido assim feito um idiota... Sabe que não se conquista mulheres assim! O que vão pensar de você! Nhaiiiiiiiiiii, sinto muito!

Olhando para o lado, eu penso totalmente envergonhada com o olhar das pessoas:

- Aff... E agora, o que faço para cuidar desse seu sangramento... (Ei, alguém pode ajudar aqui, trazendo algum pano ou curativo para ele)...

"Aff... Droga, eu não acredito nisso... Por que estou com pena de um cara que acabou de me aliciar... Nhaiiiii, que vergonha, eu não levo menor jeito pra cuidar de pessoas, ainda mais um grandalhão como esse... Droga, eu estou perdendo tempo aqui"...

Olho para os lados vendo um pano, mas não tiro a atenção daquele idiota, pois estava ainda com a arma apontada em sua direção. Assim que resolvesse essa situação, eu teria que ir atrás de Hiko-kun ainda. Fico aflita só de pensar nele em perigo.

Fico me debatendo, revoltada, chamando atenção de todos:



- Me solta! Seu estúpido! É assim que agradace! Socorro, alguém me ajuda! SOOOOCOOORRRRROOOOOOOOOOOOOOO!

Imovel sem poder fazer NADA, me debatia desesperada e revoltada por ter sido pega por esse gigante estúpido.

Não imaginava que esta cidade fosse assim tão grande. Logo fico desnorteado com tantas novidades, mas não me importo muito com a falta de moedas, afinal os bens materiais poderiam me corromper e me desvirtuar do caminho que me foi dado por meu pai.

Logo vejo uma cena inusitada. Um gigante carregando uma mulher indefesa pelo braço, erguendo-a e caminhando com ela. Enquanto ouvia os pedidos de scorro dela eu logo ponho a cabeça para funcionar, afinal não poderia sacar a minha espada em público, nem cogitava fazer isso com tanta gente no local. Porém, não poderia deixar minhas coisas por ali. Então tiro a trouxa de roupa das espadas embrulhadas e coloco as espadas nas costas. Sigo em frente e salto na direção dele esmurrando a cabeça dele.

Sem me preocupar com o gordão, viro-me para aquela mulher e digo:

- Está bem, Senhorita?

Estendo a mão para ajudá-la a se levantar.

- O-Obrigado, você é muito gentil. Ele queria fazer coisas terríveis comigo... Você é meu herói...

Agradeço tímida, ainda que disfarçando, por que eu não sabia as intenções daquele homem que me ajudará. Temia que fosse outro estuprador...

"Droga, que ridículo eu devia ter dado uma porrada naquele gordo, mas eu não pude fazer NADA, além de ter passado a vergonha de ter sido aliciada por aquilo, ichhhh! Como eu vou poder ajudar Hiko-kun, se eu ainda me meto nestas confusões, me sinto uma inútil"...

Porém, penso alarmada no tempo que perdi com aquele confusão toda e então me levanto já me preparando para recuperar aquela pistola. Como eu poderia ajudar Hiko-kun sem minha arma.

-Narrando para Zaya e Katsu-

Vocês ficam ali, observando a silhueta do gigante desaparecer lentamente no horizonte, já que ele, bem... não tinha um porte fisico avantajado e estava ferido nas nádegas, comprometendo seu deslocamento. Era incrível que mesmo a uma certa distancia, o chão não parava de tremer e algumas pessoas não paravam de quicar.

Algum tempo depois a situação se normaliza, as pessoas voltam a transitar pelas ruas e os comerciantes tornam a anunciar seus produtos. Aquela algazarra típica de Edo, mesmo à noite. Zaya procurava a sua arma e sem sucesso na procura, fica um tanto desanimada.

Mas então vocês dois observam um homem saindo do aglomerado de transeuntes e indo até vocês. Ele estava com a arma de Zaya na mão e com um sorriso sem graça. Quando ele se aproxima o suficiente, estabelece um contato:

-Desculpa senhorita mas, essa arma é sua?... Ela feriu meu amigo...

Ele então ergue a mão que continha a arma para Zaya, esperando ela pegar de volta.

Enquanto Zaya volta a se animar com a possibilidade de reaver sua arma e dá sua atenção ao homem, Katsu fica observando o aglomerado de pessoas. Em um dado momento, ele observa dois homens que se destacam na multidão, próximos de onde vocês estavam. Os dois homens surgem em lados opostos e encurtam a distancia um do outro.

O que surgia do lado direito possuia cabelos esbranquiçados, sem a parte de cima do kimono, segurando uma bainha contendo uma espada em sua mão esquerda, sem se preocupar em mostrá-la. O outro que surgia do lado esquerdo, usava roupas de tom avermelhado que mais pareciam farrapos, possuia cabelos também ruivos e usava um tapa-olho no olho direito. Ele aparentava não portar nenhuma arma.

- Eu sinto muito, senhor... Vo-você sabe como são as ruas de Edo... São cheias de aliciadores... E-Eu estava apenas me defendendo, quando aquele homem mau tomou minha arma e tentou me levar... Mas esse rapaz veio em boa hora... E me salvou... Sobre a arma, eu to-tomarei mais cuidado para que isso não aconteça... E... Seu amigo está bem?
Fico tímida e realmente sem graça, tentando me desculpar por aquilo, enquanto que me recém-salvador tava distraído...

Ainda estava pensando se encontraria Hiko-kun a tempo, depois dessa...

Observo aqueles caras e guardo a fisionomia deles. Antecipo minha atitude e digo enquanto retiro as espadas das costas e posiciono de forma correta em minha cintura:

- Os dois, por favor, fiquem atrás de mim e se prontifiquem a anteceder qualquer perigo próximo.

Sem dizer mais nada, levo a mão na Wakisashi sem desembainha-la. Estava prevendo que um conflito direto aconteceria.

Imediatamente sigo até o centro com para ver o que estava acontecendo sem acreditar que eu havia encontrado...

E corro até onde posso vê-lo, murmurava olhando atônita, já derramando lágrimas...



- Hiko-kun... Por favor, não... Não o enfrente... Por favor...

Assim que os vejo, começo a chorar:



- Nãooooooo... Cheguei tarde... (* Hummmmmffffffff *) Hikoko-kun!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Tinha vontade de gritar mais não conseguia. Odiaria vê-lo morrer ali e eu me sentia impotente, pois já estava sem munição para dar um tiro...

Fico sem ação quando vejo a reação do senhor e da garota. Me aproximo o suficiente para observar o que estava acontecendo, mas me mantenho alguns metros atrás da jovem. Talvez não devesse interferir em problemas alheios.

Grito desesperada, implorando:



- Hikoko-kun, sai daí, por favor!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Caio de joelhos no chão, chorando muito.

Observo aquilo um tanto confuso e espantado. Ea como no Sakadô Ryuu, onde o Kenjutsu era misto ao Kempo, porém além do Kempo aquele cara havia desintegrado a katana do outro. Dou mais um passo, estava relutante em interferir, mas meu senso de dever me alarmava. Porém, um combate um contra um, se meter era desonrar os combatentes.

Apesar da cena ser de grande impacto, eu não queria m meter em algo que não fosse meu e por isso viro-me de costas. Deveria procurar ainda um lugar para passar a noite. Olho por cima do ombro e faça uma expressão triste, pois eu acabava com o sofrimento dos meus inimigos rapidamente, porém aquele cara gotava de torturá-los. Eu sentia pena da alma deste torturador. Sigo em busca de uma estalagem.