Edo

-Narrando Para Zaya-

Você veio para Edo no intuito de melhorar suas habilidades de combate para realizar o seu tão sonhado desejo de vingança. A vida havia sido dura demais com você: nascida em meio a essa turbulenta confusão, sem mãe, sem pai e tendo parte de duas nações à sua procura.

Quando você pensava que não poderia ficar pior, seus olhos alcançam Edo: Uma cidade ralmente grande, a segunda maior de todo o Japão. Vozes de comerciantes podiam ser ouvidas por todos os cantos, vozes de pessoas
conversando, os passos das pessoas indo e vindo, latidos de cachorros, o miar dos gatos, galos cantando... tudo isso parecia se unir e formar uma verdadeira agressão audio-visual.

Você se sentia um pouco tonta no inicio com tudo aquilo e logo percebera na situação ruim que estava inserida. Era dificil encontrar pessoas de bom coração que estivessem dispostas a lhe acolher. Como resultado disso, você passou a viver perambulando nas ruas e algum tempo depois, por ser uma menina, sem dinheiro e aparentemente indefesa, varios salafrários estupradores tentaram obter você a força.

Não preciso dizer que todos se deram muito mal por isso... Eles não imaginavam que uma garotinha "indefesa" pudesse lutar tão bem e com um estilo de luta que aos olhos deles, era tão estranho. Por morar nas ruas e não ter condições de sub-existir, começou a praticar pequenos furtos diariamente até que foi convidada para ingressar em uma pequena gangue de ladrões.

Agora tudo é diferente para você: Já habita Edo há algum tempo e sabe como as pessoas daqui agem. Vive em um esconderijo onde o seu grupo se reúne e planeja todos os detalhes de quando entrar em ação. Ele é composto por 4 homens e 2 mulheres, contando com você. Graças as habilidades combinadas de vocês, mesmo sendo um grupo tão pequeno, conseguiram uma estabilidade no posto de uma das gangues mais temidas de Edo.



Você está em seu esconderijo junto com seu grupo. O esconderijo é uma casa de apenas um cômodo, afastada do centro e erguida com o dinheiro que vocês juntaram nos inúmeros furtos e assaltos que praticaram. O seu exterior não levantava suspeitas, mas já o seu interior, havia sido projetado com base no que de mais moderno havia à disposição, fazendo do lugar, algo realmente agradável para todos. Vocês possuiam um bom introsamento além do respeito mútuo, principalmente pelo lider da gangue, Amatsu Hikoko.

Este, aparentava ter um carinho especial por você, apesar de não confessar isto. O sol da manhã adentrava o esconderijo de vocês pela janela.

Spoiler:

Amatsu se aproxima de você e se senta a seu lado como fazia de costume. Então como num ato meio que para puxar assunto, pergunta pra você:

-Vai participar do 'rolo' de hoje a noite, Zaya?

O desejo de te ter nos braços era refletido facilmente em seu olhar, mas ele temia que você pensasse errado dele por você ter sido vítima de aproveitadores no passado.

"Ela não é para mim, afinal... Ai, Zaya, você não sabe como eu te desejo..."


OFF: Preciso que você crie um nome para por no seu grupo, Lorelei. xD. Depois você me fala. ^^

Tinha acabado de descansar, após um furto, quando sou surpreendida pelo olhar acolhedor de Hikoko-kun. Adorava chamá-lo pelo seu sobrenome, por que eu achava muito legal de pronunciar. Também por que diferenciava da maneira como os outro da gangue.

Mas, dos ultimos tempos para cá, acho que isso deve estar mexendo um pouco com ele. E até me sinto um tanto tímida com isso. Tirando a gangue, eu não confiava muito nas pessoas. Afinal, eu não tenho muito talento para lídar com esses tipos de olhares. Mas eles até me fazem pensar a respeito. Talves seja por que eu tenha traços diferentes dos japonesas... Mesmo sendo tímida, notei que chamo bastante atenção...

Rubra com aquele olhar, eu aceno, dizendo:

- Vo-você sabe que eu não fico de fora... Eu vou...

Coloco o rosto para baixo, envergonhada com o olhar.

OFF

Nome da Gangue: "Takama-no-Hara" [Alta Planície do Céu]

Me encolhia sem graça enquanto ele se aproximava, ficando rubra como pimentão, sem dizer nada. Mas assim que Hiro chega, dou um suspiro aliviada.

Com um sorriso tímido, encolhida nos lençóis, eu aceno sem graça para ele:

- Oi, Hiro-kun ^^. Como vai você?

Olho para Hikoko-kun, um tanto sem graça por lembrar de sua aproximação, e então murmuro um tanto envergonhada:

- Hikoko-kun... Po-pode levar Hiro-kun pra fora...? Eu... Estou com roupa de baixo... Então... Eu quero me trocar... ... Afinal, essa casa é apenas... Um comodo...

Após meses com eles, eu ainda não estava acostumada a trocar de roupa como a Miochi que eram mais desinibida e saidinha porque fazia trabalhos como gueixas. Ela já até me convidou mais eu recusei porque além de eu ser tímida, eu não aceitava a idéia de mulheres ganharem dinheiro assim, mas eu não posso fazer nada uma vez que é a opinião dela viver assim. Até aceitava a coragem dela para isso.

Quando eu ia começar a me vestir, escuto os confrontos com espada e um grito desesparado de Hiko-kun que me aflinge a alma, levando as mãos a boca.

- Hiko-kun! Nãoooooo...

Imediatamente visto meu kimono, minha manopla e minha guante. E então carrego polvoro na minha pistola. E então indo até o canto da janela, observo discretamente o que estava acontecendo. Por mias que eu não desejasse, temia muito que o pior acontecesse...

"Nãoooo, tomara que esteja tudo bem, tudo bem... Não pode ser eles... Não pode ser eles"...

Apontando a arma com a mão trêmula, fiquei horrorizada com aquela visão...

"Nãooooo... Por que eles... Por que"!!!!!!!!!!!!!!!!!

Coloco a mão a boca novamente, contendo as lágrimas, e imediatamente grito para Hiro desesperada:

- Ghiiii.... HIKO-KUN! Saia daqui! Por favor, não quero que você morra!

Apontava para aquele crápula, com a tremendo e sussurrava assustada:

- Vo-vou cuidar di-disso...

Vou apontando o centro do gatilho da pistola, esperando uma reação daquele inimigo para atingí-lo...

- Não... (Unf)... Hiko-kun... Nãooooooooo...

Chorando muito e hesitante, eu simplesmente vou abaixando a minha arma devagar, ainda implorando para que ele não faça nada ruim...



- Hiko-kun... Fuja... Eu... Nãooooooo... Quero... Te ver machucado...

Odiava me esconder, pois passei minha vida inteira escondida, eu não tive coragem de ajudar Hiko-kun... Quando vou para o esconderijo como Hiko-kun pediu... Mas sinto completamente inútil, e apenas encolho meus braços, chorando muito, pois eu odiava essa situação.

Me ergo de onde estava, vendo que o barulho tinha acabado e corro em direção até lá fora, aflita, para ver o que tinha acontecido com Hiko-kun...



- Não... (Unf)... Hiko-kun... Nãooooooooo...

Vou caminhando vagarosamente até ele e então apresso o passo para lhe dar um abraço...



- Hikooooo-kuuuuuun...

Começo a chorar no ombro dele, depois de tudo que aconteceu...

Aina estava assustada, não entendia muito o que ele falava, pois ainda era um choque pra mim perder quatro companheiros de uma vez só...

Chorava bastante e quando ele começa a sair, eu pergunto ainda atordoada:



- Onde você vai... (Unf)... Hiko-kun... Você não tá pensando... Em ir lá se encontrar com aquele... Homem... Que matou... (Unf... Unf...) Hiko-kun! Vamos fugir, por favor! (Unf)...

-Narrando para Zaya-

Ele continuava andando em direção ao esconderijo até seu contorno desaparecer no interior dele. Um tempo depois ele volta carregando uma pá na mão. Amatsu se aproxima do corpo de Hiro e o ajeita nos ombros, o carregando até onde estavam os outros três corpos.

Sem dizer nada, ele ajeita o corpo de Hiro ao lado dos outros e começa a cavar ali perto. Algum tempo depois, ele abre quatro buracos no solo e ajeita o corpo dos companheiros, um em cada buraco. Amatsu fica satisfeito e usando a pá, começa a jogar terra por cima deles.



-Descansem em paz, amigos...

Terminando a cova, Amatsu fica ali, de cabeça abaixada, lamentando a morte dos amigos. Aos poucos, o sol que estava radiante, é tampado por núvens escuras.

Você sente algumas poucos gotas de chuva tocarem a sua pele. Algum tempo depois, como se a natureza também chorasse a morte dos seus companheiros, o céu parece desabar em um forte temporal... O vento também soprava com uma força incrível. Amatsu ainda permanece de cabeça baixa e as lágrimas do choro dele já passam a ser confundidas com as gotas de chuva que o enxarcaram.

Ele levanta a cabeça aos poucos e caminha lentamente até você.



-Vamos para dentro, Zaya-chan... Essa chuva não vai fazer bem para você.

Amatsu envolve você nos braços dele e começa a caminhar em direção ao interior do esconderijo onde vocês viviam.

Me acolho no ombro dele e abraçando seu peito e começo a chorar, enquanto ele me leva para dentro:



- Hikooooo-kuuuuuun...

Aperto o corpo dele, com ódio de mim mesma por não ter feito nada.

Usava um pano limpo com uma bacia de agua para limpar seus ferimentos. Papai me ensinou alguma coisas para cuidar de ferimentos...

Mas fica aturdida com todo o relato, que chocada em saber que aquele cara era irmão dele. Até fiquei um tanto consternada por Hiko-kun nunca ter me falado sobre isso, mas até entendo, pois eu era nova no meu grupo... Meu grupo... Como ele tinha coragem de fazer isso com o próprio irmão, matar todos os seus amigos? A troco de que ele precisava fazer isso...

Assustada, indignada e confusa, eu exaspero triste quando ele diz que não pode fugir:



- Hiko-kun... Por que...

Termino de limpar o ferimento de seu rosto e então abraço firme, chorando mais um pouco e digo:



- Neste caso, eu vou ficar aqui com você! Não quero mais fugir, ainda mais sozinha! Eu só tenho você agora... Então não vou mais... Não vou mais fugir... (Uhnnnnnfff... *chorando*)

Deito minha cabeça em seu peito, chorando bastante.

Fico surpresa com a declaração. Mesmo suspeitando que ele já nutria tal sentimento, sentir aquelas palavras foi um choque.

Assim que ele sai correndo, minha vontade era seguí-lo...

"Eu... Eu... Vou perder... Mais uma pessoa importante de minha vida"?



- Hiko-kun... Não!!!!!

Me levanto e vou correndo até a porta e a passo para tentar seguí-lo e alcançá-lo desesperada... Não conseguia pensar em nada, só tinha a imagem dele na minha cabeça neste momento. Sabia que não ia conseguir obedecer o pedido dele, por mais que eu tentasse. Não adimitia perder mais alguém importante...



- NÃO, NÃO ME ABANDONE, NÃO AGORA!!!! (Uhnnnnnfff... *chorando*)

Aquilo doia demais em meu peito. Vê-lo sumir no meio da mutidão sem dizer nada...

Estava ali na chuva triste.

Mas depois que todos morreram, eu estava determinada a não deixar isso se repetir novamente, pois Hikoko-kun era importante pra mim. E eu não queria ficar sozinha neste mundo novamente.

Notando que ainda estava no horário, retorno com um gosto amargo para dentro.

Decido esfriar a cabeça, mesmo que Hikoko-kun me odiasse, eu iria atrás dele achá-lo. Entro na casa, decido tomar um banho e me desfazer das vestes molhadas, evitando ficar refriada. Após me trocar, visto uma roupa protetora por cima do kimono e junto delas, a minha manopla e guante e a pistola discretamente escondida no robe.

Tentei comer algo e depois, sairia as 20 horas pra procurar informações sobre a gangue. Nesta hora tinha de superar minha timidez, então me fingi de meretriz para conseguir informações que pudessem ser relevantes...

E as informações que não pudessem (*), eu simplesmente esmagaria com meus punhos até cairem. Nunca estive com tanta indignação e apreensão. Apenas torcia para achar Hikoku-kun e tentar salvá-lo...

"Nem mesmo pude dizer a ele... O que eu pensava... Papai, sei que o que você mais deseja é que eu saia deste país... Mas... Eu tenho de salva alguém importante pra mim"...

OFF

* Traduzindo: dar porrada naqueles que só queriam cantá-la xD!

-Narrando para Zaya-

Você toma o seu banho relaxante e faz a sua refeição... Já são 20:00 horas e estava na hora de por o seu plano em prática. Saindo do esconderijo com os seus itens de combate, estava pronta para qualquer eventualidade em que fosse preciso agir.

Você ruma até o centro de Edo. Não sabia que horas eram, mas pelo tempo que levou para chegar até ali, julga ter se passado meia ou uma hora. Estava vestida de meretriz e por ter caracteristicas étnicas tão distintas da asiática, não é dificil notar as pessoas que estavam na rua, olhando para você. Apesar de ser tímida, você de certa forma se sentia contente por saber que sua beleza era digna da atenção das pessoas.

Você fica parada ali no centro, observando as pessoas indo e vindo, escolhendo qual delas jogar o seu "charme" na tentativa de conseguir alguma informação. Quando você pensa em ir até alguém, sente algo(*) apalpando os seus seios por trás.

OFF: *"Algo" lê-se : "As mãos desse cidadão bonitinho ai de baixo." xD

Spoiler:

-Oie docinho. Que seios mais deliciosos você tem! Hê Hê Hê... Tô loco pá bincá cum êlis. Hê Hê Hê...

Ele continua apalpando os seus seios, sentindo cada detalhe deles, enquanto fala erradamente e de modo asqueroso. Provavelmente é algum analfabeto, tarado e nojento.

As pessoas na rua páram o que estão fazendo e passam a olhar para vocês dois. Era uma cena um tanto chocante, ali, no meio da rua, aquele tipo de coisa acontecendo. Algumas delas sentiam vontade de te ajudar, mas logo desistiam com medo do homem gordo e gigante.

- Nhaiiiiiiiiiiii, não faz assim... Estou procurando por um tal de Shikoto... Você o conhece (Nhaiiiiiiii)... Se me disse algo, eu posso pensar em "algo" por você...

"Droga, odeio fazer esse tipo de coisa... Maldito porco, assim que ele me der a informação... Se eu fosse que na Miochi"...

Evito ficar triste ao pensar nela...

Engatilho a arma por baixo, bem devagar e suave enquanto o distraio com meu charme... Esperando ele me dar a informação.

Como eu não aguentava mais aquele sádico, se ele não me desse, com certeza iria descontar toda minha fúria nele.