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Galerinha,

estou desenvolvendo a TocadT em nova versão para o endereço tocadt.net conforme havia tentado da outra vez. Porém agora estou com um sistema muito melhor do que o ultimo implementado e acredito que desta vez tudo vai andar conforme …

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Olá Galerinha da TocadT, e visitantes,

Estou aqui para informar os jogos que estão atualmente abertos e aqueles que foram adicionados à pouco tempo e que necessitam de novos jogadores ^.~

Primeiramente vou falar sobre os jogos já abertos, rolando …

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TocadT 5.0 abre suas Portas...
Uma dívida de honra - Mirthul 1464 Icon_minitimeSáb Mar 26, 2011 3:08 am por Lord Malka
      Após atravessar todo e qualquer perigo que se possa imaginar, você finalmente encontra aquela caverna. Sua entrada era colossal, talvez um dragão antigo fizesse o lugar de refúgio. Mas você só saberá após …


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 Uma dívida de honra - Mirthul 1464

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28072011
MensagemUma dívida de honra - Mirthul 1464

#27 de Mirthul, ano de 1464 - Vilarejo de Thurgon#

Já era manhã quando gritos podiam ser ouvidos de uma das casas do pequeno vilarejo de Thurgon.

- ROGER!!! LEVANTA LOGO!!! PRECISO QUE VOCÊ VÁ COMPRAR PÃO!!! - gritou a mãe do menino que começou a se remecher em sua simples cama de palha fazendo alguns galhos de feno grudarem em seus cabelos negros e rebentos.

- Já vou mãe... Já vo... - foi a resposta que o menino deu apagando novamente na cama.

Foi necessário mais alguns gritos e ate uma ameaça de banho de água gelada para fazerem o jovem Roger Goldsmith se erguer da cama e ir comprar o pão do dia.

Spoiler:

Após ter deixado o pão que comprou com as moedas de sua mãe em casa, Roger caminhou pelas ruas se deliciando com pães doces, frutos de suas habilidades furtivas, rumo a única construção próxima ao único templo no vilarejo - o orfanato. Por estar sempre pregando peças e falcatruas (ate mesmo bem boladas para uma criança), Roger não tinha muitos amigos. Os poucos amigos que fez, foram três garotos que viviam no orfanato sob os cuidados do templo local. Estes três garotos eram filhos dos que partiram com o pai de Roger num missão à dois anos atrás.


Última edição por Lizzy em Qui Jul 28, 2011 1:16 am, editado 1 vez(es)
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Uma dívida de honra - Mirthul 1464 :: Comentários

Lizzy
Re: Uma dívida de honra - Mirthul 1464
Mensagem Qui Jul 28, 2011 1:14 am por Lizzy
Thurgon era apenas um vilarejo, porém possuia um templo relativamente grande dedicado a adoração de Bahamut, o grande dragão de platina. O corpo regente deste templo de Bahamut era composto em sua maioria de Draconatos e mesmo assim qualquer outra raça disposta a adorar o deus, era muito bem vinda.

O orfanato localizado bem ao lado do templo era administrado pelos clérigos do templo de Bahamut. Ighurt, o alto clérigo do templo, e um draconato com cara de poucos amigos era o principal responsável pela ordem e educação dos jovens órfão. Contudo, hoje era um dia atarefado para os draconatos do templo, pois estavam fazendo os preparativos para o festival de Primavera. Alguns poucos órfão foram designados para ajudar, porém outros ficaram com o dia livre. Roger pulou a pequena cerca de pedra que delimitava o jardim do orfanato e avistou seus três amigos.

Lucian era o mais próximo do jovem Roger. Ele estava sentado a sobra de uma figueira ao lado da cerca de pedra. Tinha em suas mãos gorduchas um grosso livro da biblioteca do templo. Estava numa leitura tão compenetrada que sequer cumprimentou o amigo.

Spoiler:

Roger meio que ignorou o amigo, pois viu que ele estva com um livro em mão. E quando isto acontecia, o mundo podia acabar que Lucian não quebrava a sua concentração.

- Korhall!!! Geoge!!! - gritou o jovem erguendo a mão para os outros dois garotos.

Spoiler:

Spoiler:

Os dois garotos pararam o treinamento com espadas de madeira e foram para perto do jovem humano cumprimentá-lo. O pão doce do furto de Roger foi dividido entre eles e Lucian, assim que sentiu o cheiro do açúcar, largou o livro pra se juntar aos amigos. Ficaram conversando por um longo tempo. Almoçaram no refeitório do orfanato, brincaram de espadas (deixando Lucian de fora), riram de piadinhas e quando estava perto de anoitecer Roger começou a se despedir deles.

Pouco antes de Roger pular a pequena cerca de pedra, a figura de Ighurt surge ali perto. Roger se assustou com o grande draconato e a forma nada amigável como este o fitou. Korhall correu para "auxiliar" o amigo ante o ancião, ou para defendê-lo de alguma acusação (o que todos achavam ser o mais provável). Porém as palavras de Ighurt foram mais preocupantes.

- Korhall... Prepare um leito para seu amigo no dormitório de vocês... Nenhum pode sair das dependências da igreja... - e antes que Roger retrucasse negando Ighurt completou - Sua mãe já foi avisada de que você ficaria aqui... Então entre... A noite não é segura para uma criança pequena como você andar sozinha...

Achando muito estranho aquele evento, os quatro amigos adentraram as dependências do orfanato e rumaram para os dormitórios. Korhall arrumou um leito para o amigo e, em vez de dormirem, eles ficaram acordados confabulando o que estava acontecendo.
Lizzy
Re: Uma dívida de honra - Mirthul 1464
Mensagem Qui Jul 28, 2011 1:23 pm por Lizzy
*27 de Mirthul 1464 - Orfanato do vilarejo de Thurgon - noite de lua cheia*

Geoge se revirava na cama mais uma vez tirando Lucian do sério.

- Geoge, por Bahamut, Therazane ou seja lá que deuses você adora, vai dormir... Não aguento mais te ouvir revirando...

Geoge se revirou mais uma vez e questionou nervoso:

- Tem algo errado... Geoge sente isso... As pedras vibram em mim... Vocês não sentem?! Geoge sente...

Korhall, que estava imóvel e de olhos fechados mecheu os lábios mostrando que estava acordado:

- De fato tem algo errado, meu amigo pedregoso... Já tem uns dias que eu noto meus tutores meio agitados... Isso sem contar os toques de recolher antes do anoitecer...

Roger, num movimento rápido ficou sentado em seu leito e comentou com sua animação infantil:

- Então vamos parar de fingir que dormimos e vamos verificar o que tem de errado... Ou vocês estão com medo?! - disse ele depois imitndo uma galinha.

Os três órfãos se sentiram ofendidos e ficaram sentados em seus respectivos leitos.

- Não podemos sair... Ighurt ficará furioso...

- Geoge quer saber o que tem de errado... Geoge acha que seja algum perigo pra amigos e vila...
- Concordo com Korhall, Ighurt vai ficar furioso... Ele pode querer devorar a gente... :medo:

Korhall olhou o amigo protuberante com uma cara de raiva e comentou com uma paciência digna de um membro do clero:

- ¬¬ Ighurt não come carne humana, Lucian... Nenhum draconato come...

Os meninos riram da cara feia e de ofendido que fez ante ao comentário de Lucian e depois das risadas os meninos ouviram movimentação do lado de fora como se alguém estivesse prestes a entrar no quarto. Todos deitaram as pressas e fecharam os olhos de forma tão cerrada que qualquer um que visse, notaria que fingiam.

A porta se abriu.
Lizzy
Re: Uma dívida de honra - Mirthul 1464
Mensagem Qui Jul 28, 2011 10:52 pm por Lizzy
No interior do quarto nenhum dos quatro meninos ousou abrir os olhos para ver quem entrava. Tudo que ouviram foi o som da porta rangendo ao abrir, e logo em seguida fechar. Ouviram o som de passos e de uma cadeira se arrastando. A tensão era tanta que Lucian transpirava de nervosismo.

- Sabe!!! Vocês tagarelam mais do que as meninas... - comentou uma voz infantil vinda da cadeira com um tom zombeteiro.

Roger foi o primeiro a abrir os olhos e se sentar no leito. Os outros três fizeram isso ainda mais lentamente, pois sentada numa das cadeiras do quarto, estava um jovem menino de não mais de 13 anos. Seu corpo era mediano para a idade, o rosto fino e de traços suaves, cabelos loiros e um sorriso astuto.

- Você quase mata Geoge de susto, Arthur...

Arthur riu baixinho e em seguida comentou olhando os quatro meninos.

- Eu não tinha essa intenção, mas é que eu ouvi a conversa de vocês enquanto passava no corredor... E sei as respostas...

Korhall ergue a protuberância escamosa das sombrancelhas e comentou desconfiado:

- E como você sabe dessas coisas, Arthur?!

O jovem olhou o grande Draconato e com um sorriso anunciou:

- Do mesmo jeito que eu soube das dúvidas de vocês... Eu estava passando pelo lugar certo, na hora certa e ouvi tudo... E pelo visto o troço é muito maior do que pensamos... - ele ficou sério e continuou - Pelo que parece, algumas crianças foram sequestradas do vilarejo... Não há muitas pistas sobre o paradeiros delas e os aldutos estão nervosos com isso... O ridículo, foi o conselho local se recusar a pedir ajuda... Então eu tomei uma decisão pro bem de todos...

Arthur removeu de dentro das vestes uma algibeira que pelo formato que estava, parecia estar muito cheia de moedas. Ele balançou o conteúdo para que todos ouvissem o tintilar das moedas ali dentro e contou seu plano:

- Vou para a cidade de Jarghun e contratarei alguns aventureiros com as economias que fiz para meu treinamento nos Portões Ocidentais... Já acertei com um comerciante que parte esta noite para lá... Ele disse que me levaria... Como ouvi que vocês também estão preocupados, quero saber se viram comigo...

Os quatro amigos se entreolharam e com um balançar de cabeça concordaram em ir juntos com Arthur. Muito silenciosamente, sairam do quarto no orfanato, se esgueiraram pelos corredores ate que encontraram as ruas de Thurgon. Andaram muito pouco ate encontrarem a corroça do tal comerciante. Arthur conversou um pouco com ele e o homem concordou em levar mais quatro meninos juntos. O rapaz deu a ele duas moedas de ouro e ajudou Roger, Geoge, Lucian a subirem na carroça. Korhall e Arthur, por serem mais altos, não precisaram de ajuda para subir.

Logo estavam todos sentados acomodados entre caixas de mercadorias numa enorme carroça. Arthur ia começar uma conversa empolgada quando Korhall o cutucou e apontou na parte mais ao fundo e escura da carroça. Ali, num canto, completamente encolhido, estava um ser humanoide. Era esguio e estava envolto em trapos velhos. Parecia dormir, pois nem o som de sua respiração podia ser ouvido. Todos se entreolharam sem saber o que fazer com a presença do passageiro misterioso quando Roger se levantou, andou ate perto daquele oculto ser e, ao sentar do seu lado, começou um dialogo.

- Oi!!! Você também está indo de carona?! Eu me chamo Roger e você??

Quem quer que fosse, com as palavras de Roger se mecheu. A cabeça se ergue e aos poucos a face oculta nas sombras se revelavam.
Lizzy
Re: Uma dívida de honra - Mirthul 1464
Mensagem Qui Jul 28, 2011 11:32 pm por Lizzy
Com excessão do jovem Roger, todos estavam apreensivos com o sexto passageiro. Antes imóvel, ele agora se mechia e gemia como alguém que havia acabado de acordar. Korhall puxou Roger pela camisa e deixou o menino atrás de seu grande corpo draconato numa forma de proteção. Lucian também se escondeu atrás do grande amigo de decendência dracônica.

Uma delicada mão parda se ergue dos trapos indo em direção ao rosto oculto nas sombras e esfregou a região dos olhos. Outra mão igualmente delicada acompanhou o movimento e puxou o capuz que encobria o rosto do misterioso passageiro revelando uma grande surpresa para todos os cinco meninos.

- UAU!!! / UAU!!! - exclamaram simultaneamente Geoge e Arthur quando viram o mais lindo rosto diante deles.

Era visivelmente uma jovem. Pelos traços e feições delicadas do rosto, beirava a adolescência (talvez seus 16~19 anos). Seus olhos eram ligeiramente maiores e de um azul tão límpido que lembrava água fresca. Tinha cabelos esverdeados como relva primaveril e lábios carnudos e rosados. O que mais chamava atenção, além de sua beleza visível, era as orelhas pontudas que tinha.

- Uhnnnfff... Irmathil ol'thu melan...
- gemeu preguiçosa numa língua e voz belíssimos enquanto esfregava um dos olhos.

Korhall suspirou aliviado ao ver que não era nenhuma ameaça em potencial. Lucian, foi outro que compartilhou deste sentimento e ate se acomodou melhor na carroça para cochilar. Arthur e Geoge ficaram um pouco sem tato e ate intimidados com a jovem. Um bom observador notaria que ambos estavam bastante corados. Roger era o único que se sentia bem a vontade.

O mais novo do grupo, saiu detrás do draconato e tornou a se sentar ao lado da elfa. A olhou de forma muito curiosa e repetiu suas perguntas ate mesmo acrescentando outras mais.

- Você também está de carona, moça?! Eu me chamo Roger e você?! Você trabalha pra esse mercante?! Nasceu onde?! Você é mesmo uma elfa!? Minha mãe falou que elfos são bonitos e você é ate bonita, mas achei seu cabelo meio estranho...

Geoge e Arthur queriam matar o menino por tamanha impetulância, mas a elfa não demonstrou estar ofendida. Na verdade ela o olhou como se o analisasse. Apesar de bonita, a jovem não sorriu em momento algum e com uma paciência digna de anciões o respondeu.

- Me chamo Therien A'Maelan, que na língua de você significa relva de primavera... Não trabalho para este homem, apenas pedi lhe que me levasse o mais ao norte possível que é pra onde desejo ir... Não sei onde nasci, pequeno Roger, mas posso lhe dar a certeza de que sou uma elfa... Agora... Se me der licença... Vou dormir um pouco, pois estou cansada...

Spoiler:

Roger parecia contente de si mesmo por ter "feito uma nova amizade" e olhou seus amigos com satisfação nos olhos infantis. Geoge e Arthur queriam ainda trucidar o menino por ter trocado algumas palavras com a elfa, mas nada fizeram e dormiram. Lucian já estava num sono profundo. Therien se acomodou e rapidamente adormeceu assim como Korhall. Roger, contudo, levou mais tempo que os demais para adormecer e quando o fez, estava acomodado ao lado de Therien.
Lizzy
Re: Uma dívida de honra - Mirthul 1464
Mensagem Sex Jul 29, 2011 12:14 pm por Lizzy
*28 de Mirthul 1464 - Início da noite no vilarejo de Jarghun*

O chacoalhar da carroça finalmente parou. Depois de uma noite e um dia inteiro de viagens, a carroça chegou na praça principal de Jarghun. Durante boa parte do percurso, Roger ficou tentando manter uma conversa com Therien, mas ela muitas vezes não o respondia. Ela tinha o olhar triste e distante, e muitas vezes ficava horas contemplando as matas por entre as frestas da carroça no mais completo silêncio.

Diferentes de Roger, Geoge e Arthur tentava chamar a atenção de Therien, mas ela sempre os ignorava. Das poucas vezes que olhava as graças que ambos faziam, ela sequer dava bola. Estranhamente os olhos da elfa sempre se recaiam sobre Korhall, e das poucas vezes que os olhos deles se encontravam, começavam um dialogo chato e monótono sobre religiosidade. Lucian era o único que tentava inutilmente achar algo de útil para fazer.

Quando a carroça parou, algumas das crianças estavam dormindo. Roger, era um deles, pois dormia confortavelmente acomodado junto ao corpo de Therien (também adormecida). O jovem e pequeno menino se ergueu preguiçoso e enquanto esfregava os olhos ouviu seus amigos mais velhos resmungarem enquanto desciam da carroça estacionada.

- Tem uns que simplesmente nascem com sorte...

- Hunf!!! Geoge não entende... Ele não faz nada e consegue... Como?! Geoge quer saber...

- Vocês já pararam pra pensar que talvez seja pelo motivo de que ela não dá a mínima pra ninguém!?

- Eu não diria nessas palavras, Lucian... Todos se importam com algo... Mas a elfa é mesmo um mistério... Agora falem baixo ou ela vai ouvir...

- Do que vocês estão falando?! - perguntou Roger se aproximando e saindo junto com seus amigos da carroça.

Os garotos já iriam responder ao pequeno Roger, quando o mercante surgiu vindo da lateral da carroça.

- Bom... Bem vindos a Jarghun, meninos... E pelo visto vocês deram sorte... Enquanto dormiam eu recebi uma encomenda e devo voltar a Thurgon amanhã pela tarde... Então se quizerem, dou uma carrona de volta pra vocês... Desde que, me ajudem carregando minhas mercadorias...

Os meninos se entreolharam e se viram num dilema. Se ficassem carregando caixas para cima e para baixo com o mercante, não conseguiriam encontrar os anvetureiros e contratá-los para ajudar seu vilarejo. Foi neste momento de impasse que a voz de Therien se ouviu vinda da carroça. Ela estava sentada de pernas cruzadas na entrada, e agora mais "solta" realmente parecia ainda mais com uma adolescente.

- Eu proponho algo melhor... Fico trabalhando para você ate amanhã pela tarde... Carregando caixas e mercadorias, e o que mais você precisar... Em troca, você os leva de volta para Thurgon... Todos eles...

O mercante e os meninos, acharam estranho a elfa se propor a ajudar desta forma, mas ninguém negou e o acordo foi selado. Arthur, Geoge e Lucian sequer ficaram mais tempo ali e partiram rumo a taverna mais próxima o quanto antes. Korhall e Roger, no entanto, ajudaram a elfa a descarregar ao menos as caixas mais pesadas da carroça.

- Você não precisava ter feito isso... Mas ainda assim agradeço em nome de todos, Therien...

- Não precisa me agradecer, draconato...

- É Korhall... Não precisa agradecer... Afinal amigos são pra isso né?! E Therien é nossa amiga agora... Aí Therien... Você vai voltar com a gente pra Thurgon né?! Minha mãe faz um bolo gostoso e acho que ela vai gostar de ver você...

Therien deixou uma das caixas próxima ao que logo seria uma barraca de feira intinerante e comentou com os dois meninos de forma séria.

- Acho melhor vocês irem se juntar aos seus amigos... Vou ficar bem sozinha aqui... Amanhã nos vemos e decido se irei com vocês...

Roger parecia satisfeito com a resposta da elfa e Korhall trocou com ela um olhar de respeito. Assim, ambos deixaram a elfa varrendo e organizando junto com o mercante sua barraca de mercadorias. Assim foram para a taverna se juntar aos seus amigos.
Lizzy
Re: Uma dívida de honra - Mirthul 1464
Mensagem Sex Jul 29, 2011 2:22 pm por Lizzy
Após pegarem algumas informações com os moradores locais transeundes, Korhall e Roger encontraram a faxada da única taverna local - O cavalo manco. Eles já iam passar pela porta quando ouviram uma voz familiar vindo de uma fonte de água ali perto.

- Não adianta entrar!!! Crianças não são permitidas...

Korhall e Roger se viraram para ver Lucian e Geoge sentados nos degrais de pedra da fonte aguardando algo. Eles se aproximaram dos dois na fonte e se sentaram lado a lado.

- O que aconteceu?!

- O taberneiro não permite crianças... Expulsou ate Geoge...

- É... Talvez você consiga passar despercebido, Korhall, mas não será necessário... Arthur entrou... Conseguiu se passar por mais velho...

- Geoge acha que Korhall devia entrar...

- Acho que vou ficar aqui com vocês... É noite e não sabemos se crianças também estão sendo sequestradas aqui...

- Melhor ficar mesmo Korhall... Sua cara de lagartixa do mau assusta qualquer monstro e bandido...

Todos os garotos riram, com excessão de Korhall que apenas soltou um rosnado baixo e grave de indignação. Os quatro amigos ficaram bons minutos aguardando o retorno de Arthur. As conversas rondaram mais sobre Therien. Geoge queria toda e qualquer nova informação sobre a elfa que lhe fosse útil. O problema era que não havia informação nova alguma. Só uma leve chance dela se juntar a eles na viagem de volta a Thurgon.

- Tomara que ela venha... Geoge vai ficar feliz...

- Ah!!! Ela vai sim... E a minha mãe vai fazer bolo pra gente...

- Roger... Você não pode responder pela Therien... Ela disse que iria se decidir depois e além do mais não acho que...

- Hey!!! Aquele não é o Arthur saindo!?

Saindo da taverna de uma forma desengonçada e com o rosto cabisbaixo e encoberto pelas mãos, estava Arthur. Ele se aproximou dos outros garotos e se sentou pesadamente. Agora que ele estava perto dos meninos e longe da cantoria da taverna, todos podiam ver que ele chorava.

- O que aconteceu com você Arthur!? - Indagou Korhall fazendo o jovem erguer o rosto para olhar nos olhos do menino.

O rosto do jovem tinha um hematoma grande em torno dos olhos e as lágrimas corriam agora mais secas. Eles enxugou as lágrimas enquanto Korhall avaliava o machucado no rosto.

- Eu perdi as economias... Não achei que pudesse ajudar... snif!!! Agora não temos como contratar alguém pra ajudar a vila... snif!!!

- Affff... Geoge disse... Korhall devia ter ido... Mas não... Ninguém ouve Geoge... - indagou o jovem genasi exasperado.

Lucian ficou quieto coçando o queixo em busca de uma resposta. Korhall pegou uma pedra gelada do chão, a limpou nas vestes e pousou sobre o arroxeado no rosto de Arthur aliviando um pouco a dor dele. Roger foi o único que notou a aproximação de um estranho encapusado. Assim que viu o homem, ele se escondeu atrás de Korhall fazendo todos os seus amigos notarem a presença do estranho.

- Eu ouvi que vocês precisam de ajuda pro vilarejo de vocês... Talvez eu possa ajudar... - disse o homem removendo o capus e revelando um rosto jovem e austero. Parecia um cavalheiro, pois trajava uma armadura completa.

- Sim... Nosso vilarejo está com problemas e viemos contratar um grupo de aventureiros pra ajudar...

- Sem que os adultos saibam, porque parecem não gostar da idéia...

- Shiiiiiuuu, Roger!!! Deixa o Korhall falar...

- Enfim... Tinhamos uma boa quantia pelo serviço, mas fomos roubados como pode ver pelo rosto de meu amigo aqui...

O homem analisou a face machucada de Arthur e com um sorriso no rosto comentou:

- Façamos o seguinte... Eu e meu grupo ajudaremos vocês... Em troca, ficamos com qualquer coisa de valor que encontrarmos na missão... Fechado!?

Os meninos ficaram pensativos, mas foi Arthur quem deu a palavra final.

- Fechado!!! O nosso vilarejo é Thurgon... E está havendo sequestros de crianças a noite... As pistas se perdem sempre na mata no sopé da montanha da névoa... Podem começar por ali...

O homem sorriu satisfeito e comentou:

- Muito bom... Não é longe daqui... Meu grupo partirá agora nessa comanda... Encontraremos vocês com as respostas em Thurgon... - e saiu de junto dos meninos rumo ao interior da taverna.

O grupo de garotos olhou Arthur por um instante e começou os questionamentos.

- Vocês sabia mesmo um monte de informações... Ouviu tudo... Quero ser como você quando crescer...

- Não diga uma coisa dessas, Roger... Arthur estava espionando os mais velhos pra saber tanto... Isso é errado...

- Geoge está preocupado com a divida que fez com o hoem de armas...

- Eu também estou preocupado com isso gente... Não temos dinheiro nenhum...

- Isso não é problema... Talvez a gente consiga um pouco amanhã pela manhã na feira que a Therien vai estar trabalhando...

- Eu vou ajudar a elfa com o trabalho dela... afinal, ela está pagando com o suor dela por algo para nós apenas...

- Geoge também vai ajudar... Boa chance de conversar com ela... onilove

- E-eu também vou...
- comentou logo em seguida Arthur numa súbita crise de ciumes. Ele e Geoge trocaram olhares tensos que fez Lucian rir.

- Hehehe... Acho que terei de ajudar também... Assim faço algo... Vamos ver se conseguimos um local pra dormirmos com o mercante em troca de mais braços extras o ajudando...

Todos gostaram da idéia de Lucian e foram juntos para onde haviam deixado Therien e o mercante.
Lizzy
Re: Uma dívida de honra - Mirthul 1464
Mensagem Sáb Jul 30, 2011 10:26 am por Lizzy
*29 de Mirthul 1464 - Feira Primaveril de Jarghun*

O mercante adorou aquela viagem em particular, pois a troco de favores banais conseguiu seis braços fortes e jovens para ajudá-lo na primeira feira da primavera. Todos os cincos meninos e a elfa ajudaram em algum tipo de serviço.

Korhall, Geoge e Arthur ficaram responsáveis por carregar e descarregar as mercadorias mais pesadas em carroças. Lucian, por ser ótimo em estudos, ficou cuidando do dinheiro junto com Roger. Pro bem da verdade, o pequeno Roger não ficou muito tempo trabalhando na barraca da feira, pois sempre que via oportunidade testava suas habilidades sempre que uma algibeira recheada "escapulia para suas mãos". Therie foi o melhor trunfo do mercante.

Ter uma bela e jovem elfa trabalhando na barraca fez com que vários homens ao menos se aproximassem para ver e falar melhor com a jovem. No fim, acabavam levando alguma coisa só pra ter a atenção daquela elfa que parecia impenetrável como uma fortaleza. Contudo, teve apenas uma coisa, que Korhall notou, que deteve total atenção da elfa.

Korhall percebeu que sempre que Therien estava próxima aos cavalos ou qualquer outro animal atrelado, ela lhe dava uma atenção toda especial. Chegando ate mesmo a sorrir mesmo que brevemente. Ela tinha um trato, carinho e dedicação com os animais que deixou o draconato curioso. Só que ele preferiu deixar esta informação apenas para si, pois sabia que Geoge e Arthur não entenderiam.

O fim da feira chegou e todos estavam recolhendo as poucas mercadorias restantes e carregando a carroça de volta a Thurgon. Estavam todos exaustos e cansados, com excessão de Roger. Therien acariciava a mula atrelada a carroça e lhe sussurrava em élfico o que parecia ser uma canção acalmando o animal. Ela comentou algo com o mercante apontando constantemente o animal e depois se juntou aos meninos nos fundos da carroça para a viagem de volta a Thurgon.

- Então você decidiu vir pra Thurgon...
- exclamou Lucian um tanto petulante.

- Sim... Quero provar do bolo da mãe do pequeno Roger... Ele elogiou tanto que fiquei com vontade...
- respondeu de forma calma e tranquila a elfa sem olhar nos olhos do jovem de formas avantajadas.

Geoge e Arthur se atrapalhavam para ver quem se sentaria ao lado da elfa, mas Roger foi mais depressa e se sentou no espaço vago. Isso os deixou frustrados e irritados.

- Você vai adorar o bolo da mamãe, Therien... É muito gostoso... E como a primavera está chegando os morangos logo vão brotar... O bolo de morango é maravilhoso... onilove

Therien continuava olhando a paisagem. Murmurou alguma coisa em élfico ate que Korhall riu e comentou:

- Agora entendi... Então era por isso que você ficava tão triste e quer tanto ir pra Thurgon comer este bolo...

A elfa olhou o draconato um tanto espantada enquanto seus amigos apenas o olharam sem entender. Korhall depois teve de explicar-se.

- Eu estou aprendendo élfico no templo de Bahamut de nosso vilarejo... Sei muito pouco, mas entendi o que você acabou de murmurar... Bom... Aos menos algumas palavras... O resto eu deduzi... Se tivesse dito antes que era o seu aniversário teriamos feito algo pra você, Therien... Não precisava você comemora-lo completamente sozinha...

A elfa enfim sorriu verdadeiramente pela primeira vez diante de todos e seu sorriso era lindo.

- Desde antes de você nascer, Korhall, eu comemoro minhas novas primaveras desta forma... Experimentando coisas novas... O convite para o bolo da mãe do pequeno Roger foi apenas um presente que os deuses me mandaram... Por isso eu vou à Thurgon...

- LEGAL!!! Então vamos fazer uma festa de aniversário pra Therien quando chegarmos em casa... O bolo a mamãe faz... Mas... Oh Therien... Quanto anos vocês está fazendo!?

Therien ficou pensativa e voltou a olhar a mata perdida em memórias. E novamente sem olhar nos olhos dos meninos comentou:

- Ainda sou muito jovem... Vi apenas 80 primaveras...

- JOVEM?! Você tem 80 anos e acha isso jovem!?
- exclamou Lucian.

- Pra quem tem 80 anos vocês está bem conservada...
- comentou Arthur olhando de lado as formas da elfa que logo em seguida levou uma cotovelada de geoge seguido de um "Tenha mais respeito" murmurado bem baixinho.

- Entre os elfos isso é jovem mesmo... Pelo que eu estudei, elfos podem viver ate mais de 300 anos... 80 anos é como se ela fosse da nossa idade... - concluiu Korhall puxando novamente a atenção da elfa para si.

- Exatamente, draconato...

A partir deste momento as conversas da carroça giraram em torno de idades cronológicas. Therien manteve-se calada o tempo todo e de vez em quando se erguia para fazer algum comentário ao mercante sobre como deveria conduzir a pobre mula. Os outros meninos simplesmente conversaram ate cansarem e adormecerem novamente. Na manhã do dia seguinte estaria de volta ao lar.
Lizzy
Re: Uma dívida de honra - Mirthul 1464
Mensagem Seg Ago 01, 2011 5:35 pm por Lizzy
*30 de Mirtul 1464 - Thurgon*

Depois de uma longa e cansativa viagem de carroça os jovens mais a elfa chegam a Thurgon. Os meninos agradecem o mercante e seguem para o orfanato. Afinal de contas, tinham de dar explicações sobre or onde andaram. Therien seguia os garotos logo atrás achando muito desconfortável andar dentro da cidade.

Ainda não haviam chegado perto do templo de Bahamut quando ouviram umgrande alvoroço na praça central. Curiosos eles seguiram para lá só pra ver o que se passava. Havia um grande conglomerado de pessoas, que deixou Therien ate sem ar, pois realmente detestava aquilo. Todos pareciam querer lixar alguém.

Com muita dificuldade, eles conseguiram abrircaminho pela multidão e ver o que se passava. E cercado pela multidão enraivecida de Thurgon estava o cavaleiro que os meninos tinham contratado e outros quatro aventureiros. A multidão gritava que não deviam nada a eles. Que eles deveriam ir embora. Que tudo aquilo era assunto de Thurgon apenas. Sendo que a grande maioria das vozes exautadas vinha do clero de Bahamut nem um pouco satisfeito pela interferência deles. Contudo a causa principal da briga era os espólios que os aventureiros queriam levar e que pertenciam aos habitantes de Thurgon, pois grande parte do que acharam eram dos moradores de lá.

O cavaleiro seguiu tentando se explicar, mas as vozes exautadas eram tantas que estava difícil se comunicar. Ate que os meninos começaram a se aproximar. Korhall foi quem abriu caminho e Roger o primeiro a praticamente berrar as palavras pra ser ouvido.

- PAREM COM ISSO!!! ELES VIERAM NOS AJUDAR... FOI A GENTE QUE PEDIU!!!

Um burburio ainda mais exautado e Arthur contou:

-É VERDADE!!! NÓS FOMOS ATE JARGHUN E CONTRATAMOS ELES...

Neste momento Igurth se destacou na multidão. Sua face expressava uma irritação tão grande que todos recuram, com excessão do grupo de aventureiros contratados.

- Então vocês fugiram pra Jarghun nacalada da noite e contrataram estes mercenários para resolver o nosso problema!? Hunf!!! Palavras de crianças, todos vocês já pro orfanato e conversaremos... Quanto a vocês, mercenários, sumam do nosso vilarejo antes que não sejamos tão cordiais assim... Já fomos ponderantes demais por terem resolvido o caso dos sequestros e dito o destino dos desaparecidos...E deixem tudo isso aqui... Nada disto lhes pertencem...

Com um sinal de mãos de Irguth a multidão se dispersou. Os meninos ficaram olhando atônitos o modo como simplesmente ignoraram os esforços deles e dos aventureiros. Sem jeito eles se aproximaram do grupo.

- Perdoe-nos por isso... Não queriamos que fosse assim e...

- Tudo bem garoto... Era de se esperar algo do gênero quando se aceita uma comanda vinda de crianças... Mas enfim... Fiquem com isso...

- Geoge se sente mal por isso...

- De fato deviam ter lhe pago algo por ter ajudado...

- Bom... E quem disse que vocês estão livres do pagamento!?

Os meninos, incluindo Therien, olharam o homem meio atônitos e ele seguiu:

- Está certo que o que iriamos ganhar era muito mais do que cobrarei... Mas fizemos mais isso por autrismo do que por dinheiro... Mas por questões simbolicas,vocês me devem UMA peça de ouro cada um...

Lucian foi o primeiro a retrucar:

- Mas a gente disse que não tem nem uma moedinha prateada...

O homem riu e comunicou:

- Não importa garoto... É uma dívida de honra... Quando foremmais velhos entenderam o quão importante uma dívida de honra é para um homem de bom coração... Nós sairemos em uma comanda que denotará muito tempo... Na volta retornarei a Thurgon e vou procurá-los para cobrar essa moeda dourada... Ate lá, vocês conseguem...

E sem mais dizer, os aventureiros sumiram no meio da mata de modo que nem mesmo Therien conseguiu avistá-los. Korhall foi o primeiro a quebrar o silêncio:

- Bom... Pelo visto teremos muito o que trabalhar...

- Bah!!! Esqueçam o trabalho hoje... Vamos logo pro orfanato, levamos a puxada de orelha do Irguth de uma vez e depois comemoramos o aniversário da Therien com o bolo da minha mãe... \o/

Os meninos riram da animação do Roger em levar a bronca do velho draconato responsável pelo orfanato e acabaram concordando com isso.

No orfanato levaram o sermão de Irguth e foram punidos com longas listas de deveres pro resto do ano inteiro. Irguth inclusive aceitou acolher Therien pelo tempo que ela quizesse, mas a elfa disse que preferiria dormir na mata ao redor do vilarejo do que num quarto. Irguth também entregou à Roger, Korhall, Geoge e Lucian alguns dos pertences que os aventureiros iriam levar. De acordo com o velho draconato, aqueles eram os pertences que os pais deles usavam poucos antes de sumirem dois anos atrás.

Spoiler:

Após conseguirem convencer Irguth de que iriam apenas ate a casa de Roger, o grupo foi comemorar o aniversário da elfa. A mãe de Roger ficou tão feliz em ver o filho bem, que ate esqueceu de lhe puxar as orelhas por tê-la deixada preocupada por dois dias. Tiveram bolos e sucos e outras quitandas. Além de uma longa conversa entre a mãe de Roger e Therien em élfico. O que deixou ate mesmo Roger impressionado, pois não sabia que sua mãe falava élfico tão bem. Quando a noite chegou os órfãos foram para o orfanato, Therien para as matas e Roger para a sua cama. Mal sabiam que seus destinos agora estavam selados.
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Uma dívida de honra - Mirthul 1464

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