Enoch City - Colônia Humana

Essa cidade possui muitos segredos. Mas uma coisa que está por todo lugar é a língua falava na Terra, tudo está escrito em Inglês.

Continuei caminhando ate o final do tubo. Era um sistema de selagem muito bem feito, porém a água continuava vindo através da nave. Procurei um painel que desligasse aquele sistema de selagem e vedasse a nave da cidade. Caso Kamus e aquele garoto não viessem logo e a água viesse com tudo, eu teria de lacrar a saída para não morremos todos. Era uma decisão dura e que me fazia passar mto mal. Ainda não lidava direito com a idéia de deixar Kamus para trás.

Observei Kola saindo e assim que ele se foi comentei com Uriel com um fardo enorme sendo carregado nos ombros.

- Vc sabe que não podemos deixar a nave aclopada desta forma ou a água tomara conta de tudo... Se Kamus e o garoto não sairem de lá ate a água vir com tudo, terei de desaclopar a nave para nós salvar...

Apesar da firmeza das palavras, era notável nos meus olhos a dificuldade em execultá-las. Era o certo, mas mto duro para mim.

Observei o soldado sair da nave e senti menos um peso me aflingir. Porém Kamus ainda não saiu. Estava tensa e bastava oucos comandos para o tubo desaclopar a nave e selar o local. Olhava para a porta da nave com a esperança de ver Kamus sair dali.

Continuo andando até atravessar a porta, quando o faço aceno para ambos a humana, e o humano, e então me viro para ver a nave, sinceramente não acreditava que ele fosse conseguir sair dali vivo, mas a vida era dele, se ele queria morrer por um clone, eu que não iria morrer junto dele, já havia feito mais do que devia ajudando-o.

-E se não houver outras naves na cidade, como iremos embora?

Falo num tom sério, afinal, essa era uma preocupação real...

Ainda tensa esperando Kamus sair, respondi ao soldado. Olhava esperançosa para a orta da nave.

- Eu posso construir uma nave tranquilamente com qlq material que encontrar... E essa cidade deve ter material de sobra...

Estava tensa olhando a porta da nave na esperança de ver Kamus saindo, quando a água começou a vir com tudo. Algo fez um tremendo estrondo e eu sabia, pela lógica, que aquele era o sinal de que deveria desaclopar a nave antes que a água viesse.

Minha mão vacilou sobre o painel por preciosos segundos. O coração apertou no peito de tal forma que ate doia... Era difícil crer que Kamus tinha morrido... Que sua sepultura seria nas profundezas de um mar estranho. A água continuou vindo e mordendo fortemente os lábios apertei o comando de selar a cidade e desaclopar a nave. Após isso deixei que as lágrimas escorressem no rosto num choro copioso.

Não entendia porque aquela humana estava chorando, quer dizer, se ela não queria que ele morresse, podia muito bem ter tirado ele a força dali, se ela havia deixado ele escolher o destino dele, não havia motivo para chorar... Realmente aquilo não fazia sentido, não compreendia porque os outros seres choravam, mesmo ferido eu nunca fiz isso, era algo estranho. Ainda sim como não tinha nada para fazer fico ali observando, e recuperando um pouco da minha força, foi meio dificil fortalecer aquela porta, e pelo jeito foi bem inutil também...

Parei meu choro um pouco para observar melhor aquela bolha de energia. Não tinha noção do que era aquilo e uma ponta de esperança me dizia que tvz fosse Kamus. Ou algo salvando Kamus. Ou os clones salvando a eles e Kamus. Ou tvz somente os clones. Não importava, eu queria saber quem ou o que era aquilo. De modo que observei pelo vidro transparente o que era.

Fiquei ate mesmo abasbacada com o que tinha acontecido. Não entendia o que Uriel quis dizer com Aegis. Só fiquei ainda mais impressionada quando Kamus e meu clone surgiram diante de nos deitados inconscientes no chão. Rapidamente fui ate os dois para ver como estavam. Tanto Kamus como eu-clone. Definitivamente ela precisaria de um nome descente depois.

- Concordo... - comentei enquanto os acomodava melhor no chão ate que despertassem.

Assim que Uriel termina de falar sobre o clone de Kola, a essência do mesmo se espande. O Kola original deve ter ncontrado alguma coisa, pois era isso que ele disse que faria caso achasse algo. Fiquei preocupada. Tvz fosse algo perigoso. Olhei Uriel e me ergui depressa do chão.

- Uriel... Cuide dos dois... Vou ajudar Kola no que quer que ele tenha achado...

E sem esperar respostas ou represálias, corri rumo a essência de Kola.

Fui correndo e passando por salas e corredores que, em um momento mais calmo, teria gastado bons minutos analisando. Era algo com uma tecnologia muito avançada e de dar inveja. Um paraíso para mim. Contudo, Kola era a minha prioridade.

O avistei mais ao longe e gritei por seu nome enquanto me aproximava em uma corrida alucinada.

- Kola!!!

Contudo, ao ver diante do que ele estava parado e olhando, meu grito foi morrendo. Meu passo diminuiu. Meus olhos se fixaram no incrível e belo painel a frente e no Mecha desativado. Passei direto por Kola e toquei o vidro completamente estupefada.

- Uau!!! *-*

"Ótimo, agora estou numa cidade fantasma sozinho com dois seres desacordados..."

Sem ter muito o que fazer uso minha essência para erguer os dois e seguir na direção em que a humana fora, afinal, o humano de asas é que eu não seguiria... Estava intrigado sobre o que acabara de acontecer, mas ficar parado pensando sobre isso não iria me dar respostas sobre nada...

Estava maravilhada observando o mecha e ouvindo o relato de Kola. Aquele robô gigante, quando não está tentando nos matar, era maravilhoso. Um aparato tecnológico incrivelmente belo e bem desenhado.

Kola pousou a mão sobre a minha e foi só neste momento que tirei os olhos do mecha para observá-lo. Achei que ele já estava com "quintas intenções" por estar no período do cio. Porém o olhar fixo dele no mecha já me demonstrou que não era bem isso.

Virei minha mão para segurar a mão dele e sorri. Raças diferentes, mas ainda assim o amava. O que era bem estranho para alguém de fora ao nos ver. Ainda animada e segurando a mão de Kola, perguntei:

- Vamos analisá-lo?! Vc me ajuda né?! Ele pode nos ser muito útil...