Estrada Saga - Pradarias de Hachi

Muitas vezes eu já havia chegado até aqueles arredores, porém nunca havia atravessado aquela circunvizinhança de Nagasaki. E, a despeito das histórias escabrosas e cabulosas que ouvia, nunca havia visto nada de diferente. Nada havia visto ou sentido a não ser uma espécie de desdém diante do medo confessado por outros tantos. E se vangloriava de não ser medrosa e não se assustar. Sentia que tinha nervos fortes e controle sobre suas emoções.

Aliás, medo, era uma palavra que não constava em seu dicionário.

Por tudo isso é que andava, calmamente, pelo solo campestre, e aquela noite iluminada propiciava seu semblante impassível durante a caminhada. Ainda pouco a lembrança de seu nobre pai lhe veio a mente, um ultimo gesto de Adeus. Não vale a pena olhar para trás e ela não o fazia. Só tinha os olhos no horizonte a procura do caminho correto para Saga.

"Se não estiver errada, devo estar chegando a alguns minutos..." - Pensa, Vashi enquanto caminhava , lenta e calmamente, como calma , mantendo o olhar sempre adiante , a jovem decide seguir seus instintos e segue adiante pela direita.

A jovem se aproximou, exatamente dois passos de execução lenta, o suficiente para ser notada porém mantendo uma certa distância por segurança.Podia ser um grupo de ladrões da estrada, logo queria ter tempo de ao menos reagir se fosse atacada.

"Hum...Quem sabe um desses ignorantes não me é útil?" -Pensa. A face séria e fria, cabelos negros arrepiados.

De primeiro momento os homens não notam a presença de Vash, então a garota decide tomar uma atitude mais direta para se fazer notar e simplesmente ignora que eles estavam todos exaltados. A afoita jovem se aproxima como se estivesse perdida - e estava - com o olhar desalentador e pergunta timidamente:

- Com licença...Estou viajando há um dia a pé, preciso chegar em Saga. Podem me dizer para onde este caminho vai dar? - Pergunta, esperando receber em troca uma resposta ao menos amigável da parte daqueles homens por ser mulher e se mostrar frágil a eles, talvez caíssem em sua conversa doce e inofensiva. Simpatia não era muito seu forte, todavia, caso recebesse uma resposta não satisfatória aqueles sujeitos não a veriam como um problema em potencial e qualquer reação da garota seria uma surpresa. Ao menos era com isso que contava.