Estrada Nagoya - Edo

Vendo aquela cena eu não posso icar parado, rapidamente levo a mão à wakisashi, acostumado a lutar com ela nem penso em usar a Fuyuken. Corro até eles e chego falando alto:

- O que está acontecendo aqui? Por que vocês maltratam esse pobre homem?

Analiso todos eles, não poderia deixar que essa covardia continuasse.

Com a mesma expressão determinada eu respondo:

- O Japão é minha casa e não gosto de arruaça em minha varanda.

Meus olhos analisam todos eles, não deixando passar nenhum despercebido. Olhava para suas armas e tentava ver que tipo era, e talvez de que material. Aproveito para ganhar tempo falando:

- Não vou permitir que essa crueldade seja feita a um homem indefeso. Se quer levantar a espada contra alguém, levante contra alguém armado.

Minha expressão não muda, eu somente me ponho em posição de combate do Sakadô Ryuu enquanto saco a Wakisashi. Vejo que todos me cercam e digo zombeteiramente:

- Ao que parece, vocês gostam de usar da desvantagem numérica dos teus alvos...

Meus olhos agora não só dividiam a atenção entre eles, como meus ouvidos e até meu olfato, buscavam captar todos os sentidos que eu pudesse. Não permito-me atacar sem ser atacado, mas me mantenho alerta para eventuais ataques buscando me esquivar de tudo (se não der, aparrar com a espada).


OFF

Posição do Sakadô Ryuu: A posição é simples, pernas levemente abertas e curvadas deixando o corpo ereto em posição correta, a mão(e braço) ativo(que usa a katana) para trás do corpo apontando a ponta da lâmina para o solo enquanto a outra mão fecha uma guarda diante do corpo entre o usuário do estilo e o inimigo (o corpo deve estar de lado para o inimigo).

Um sorriso é esboçado em meu rosto quando eu vejo aquele homem vindo em minha direção. Começava a sentir a adrenalina que há muito eu não sentia. Lembrava-me de meus pais, de Mana-sama. Então começo a agir, primeiro eu espero ele chegar a uma meia distância para partir na direção dele com o corpo inclinado para frente, ainda mantendo a posição com a wakisashi para trás. Uso a técnica de giro de meu pai, salto dando um pequeno mortal para frente impulsionado pela minha investida e giro o braço da espada para frente, fazendo um corte reto e potende com o peso do meu corpo. Assim que cair no solo eu volto a observar os outros e este para saber meu resultado.


OFF

Posição do Sakadô Ryuu: A posição é simples, pernas levemente abertas e curvadas deixando o corpo ereto em posição correta, a mão(e braço) ativo(que usa a katana) para trás do corpo apontando a ponta da lâmina para o solo enquanto a outra mão fecha uma guarda diante do corpo entre o usuário do estilo e o inimigo (o corpo deve estar de lado para o inimigo).[/quote]

A excitação era tanta que minha boca de move mais eu não chego a falar, somente o pensamento fica no ar: "Previsível demais...".

Parado onde eu estava aguardo que eles cheguem mais perto assumindo a minha posição inicial, a postura do Sakadô Ryuu. Quando percebo a proximidade exata eu jogo o corpo para o solo, como se minha cintura e pernas perdessem toda a sua força deixando o braço que está para trás (com a Wakisashi) subindo ao mesmo tempo que gira ao meu redor.

Iria fatiar suas pernas para que não pudesse mais andar neste caminho de vergonhas e brutalidades absurdas. Após o giro, rapidamente me apoio com a mão livre e giro o corpo retomando as forças das pernas e saltando com o impulso dessa mão para trás, saindo do centro do combate.

Quando percebo o que estava fazendo diante dos olhos daquela criança um grande peso toca o meu corpo. Mesmo sendo quase jogado ao chão por esse peso, eu me aproximo e digo a eles:

- Fora indignos de merecer minha misericórdia, por me atacar em desvantagem e atacar essa família. Mas como eu dito as regras deste mundo, não posso simplesmente ignorar sua dor. Suas almas serão amaldiçoadas pela minha família, mas seus corpos podem descansar.

Acabo com o sofrimento deles matando a todos. Em meio àquela chuva de sangue, eu começo um trabalho digno de honra, separando os corpos de cada um com seus respectivos pedaços e levando mais adiante para enterrá-los.

Retorno ao fim, com as mãos ainda sujas de terra, a wakishashi guardada na bainha. Olho para a família a digo:

- Desculpem-me por trazer tanto sangue à esta casa. Meu nome é Katsu Sakai, gostaria de saber o movito do ataque contra sua família.

Aguardo resposta.

Paro para pensar no que aquele homem me disse e então digo:

- O senhor deve sua vida à sua família, não há nada melhor na vida do que ela. Não me agradeça, agradeça sua mulher e filha que salvaram a alma do senhor em não ter se transformado em algo como aqueles inúteis.

Sem esperar nenhuma resposta eu me viro e vou seguindo o meu caminho. De longe aceno para eles e digo para se cuidarem.

Paro para ouvir aquele homem e então dou um tapinha no braço dele dizendo:

- O Senhor tem uma família para sustentar, eu seria uma pessoa ruim se aceitasse sua oferta. Faça o seguinte: dê um belo jantar hoje para sua esposa e filha e nossa dívida será dada como paga.

Ainda sorrindo eu aguardo a resposta dele, mas tentando apressar para chegar logo a Edo.

Dou um grande sorriso quando vejo Edo. Iria procurar algum ponto para descansar, mas também precisaria encontrar algum ponto seguro onde poderia ocultar minhas espadas. De imediato, busco alguma roupa, enrolo as duas e faço uma trouxa com o resto daquelas que carrego na ponta, como se fosse um cabo de madeira qualquer. Sigo para a cidade de Edo.

-Narrando para Katsu-

OFF: Os posts agora serão aqui : Cidade de Edo

“Droga e passei tudo isso só por causa da minha altura... E pensar que ainda vou crescer mais.“

Penso pesaroso mas ainda sim me recuso a admitir isso:

“Não, isso não está certo, eu não sou o culpado, muito menos a minha altura, o culpado pelo o que eu estou passando, são as pessoas! Isso mesmo!“

Penso enfurecido com essas pessoas que me julgavam de monstro só por causa do meu tamanho. Mas então tenho aquela visão majestosa das montanhas, e me calmo quase que instantaneamente, quer dizer... Do que valia ficar com raiva, as pessoas não iriam mudar sua opinião sobre mim só por causa disso... E continuo andando contemplando a visão das montanhas ao longe.