Centro da Vila

Narrando para Youmashiro Iki:

Você ganhou alta no centro de reabilitação, após dois dias. Ainda fica nítido na sua cabeça a imagem daquela fatídica missão de capturar o intruso que roubou o pergaminho do Templo de Vento, que fica aos cuidados do clã Chikara Fuu.

Naquele dia, você e sua equipe foram atacado por misterioroso pássaros e em seguida enfrentaram um ser humanóide que usava uma caveira de minotauro como elmo, e tinha uma pele de aspecto verde. E depois, você tentou contratacar, ele lhe surpreendeu com uma rajada de vento e você ficou desacordado durante a luta. Você acordou no centro e ficou de recuperação por um tempo, sabendo que seu sensei e as duas companheiras de grupo estava em estado crítico, numa outra ala. Nestes dois dias, você não tinha muitas informações sobre o estado deles e isso lhe deixava angustiado.

Neste exato momento, o tempo é de noite, quando você é liberado. Uma das auxiliares se aproxima. Você nota que ela não estava com uma cara não muito animada, mas ainda sim, pergunta:

- Com sua permissão, eu posso ver seus ferimentos? - você nota marcas no seu corpo e enfaixes cruzando.

Sem pensar muito eu abro espaço para ela visualizar minhas feridas. Aproveito para fazer isso também, a fins de ver meu próprio estado. Durante o processo eu pergunto:

- Como estão os outros? Os membros do meu Time?

Então aguardo resposta, sem entrar em um estado muito nervoso, tentando me acalmar.

Narrando para Youmashiro Iki:

Você logo percebe um olhar triste e ela então anuncia:

- Também vim conversar sobre isso, mas eu peço que sente primeiro, por favor, você já vai ser liberado. O que tenho a falar... Infelizmente... - ela hesita um pouco, virando o rosto e você já notando a reação dela, já imagina aconteceu algo pior.

Sinto a forte dor no peito. Vejo que não poderia fazer muito mais do que eu já havia tentado. Então somente olho pela janela do hospital e digo:

- Não entendo... eu sempre quis ter uma vida normal. Sabe, nada mais do que uma mulher e dois filhos... ou duas mulheres e um filho... tanto faz. O problema é que eu sempre encontro cada vez mais peso em meus ombros. Se eu tivesse mais experiência... se eu fosse mais forte... não deixaria que ninguém morrece...

Então as lágrimas começam a cair de meus olhos e eu não me importando muito concluo:

- Sabe, eu vou ser o próximo Kazekage e vou proteger essa vila e todos os seus habitantes com a minha vida! Sugoi-na! É isso mesmo que eu vou fazer!

Então olho para ela enxugando as lágrimas e digo:

- Posso vê-los.

Narrando para Youmashiro Iki:

Ela então explica bem triste:

- Eles não resistiram aos ferimentos. Seu sensei morreu primeiro... E depois essa manhã, foi anunciada a morte delas... Eu sinto muito... Desculpa a demora, mas é que está havendo uma investigação e ela está rolando até agora.

OFF: Iki, você ouviu que ele se colocou na frente delas, para tenta protegê-las, mas disseram que ele foi surpreendido.

- Ah, claro... Você que vê-los pela ultima vez. Também vim lhe chamar para isso. - ela então o guia até sua sala, enquanto você estava triste com a perda, e você pensa em deixar as lágrimas brotar quando lembram do sorriso de suas duas companheiras de time. E então, você encontra na mesa de uma sala que era uma espécie de IML, os corpos cobertos de seu sensei, e suas duas colegas de time, sendo analisado por alguns ninjas-médicos. E então você reconhece uma pessoa que estava ali entre eles:



Você soube recentemente dos boatos de que alguém do seu clã assumira o comando provisório da milícia de proteção e que possuia um estilo peculiar. E você já tinha visto aquela pessoa circular entre as reuniões de seu clã. Ele nota que ele estava com uma voz bem triste e você ouvia seus lamentos sobre o corpo do seu sensei:

- Eu realmente cheguei tarde amigo... Senão fosse aquela missão, eu poderia ter ajudado... - ele fecha o punho e como ele estava de costas para você, você só vê ele passar mão no rosto e dizer - Hikamaru Jimo... Sua morte não será em vão, amigo! E nem de sua queridas gennins...

Ele então ordena que cubram os corpos e então nota sua presença na sala, mas sem falar nada. Estava num momento solene, quase desconcentrado.

Olho para ele e sem dizer nada, olho por trás dele para meu sensei e para minhas companheiras. Fecho as mãos como que apertasse algo com bastante força. Então olho para ele novamente e saio, retirando minha bandana da vila da testa e colocando-a amarrada no braço.

Aquela cena havia sido demasiada para mim. Não suportava pensar que todos aqueles que eu gostava e que se aproximavam de mim morriam. Na verdade estava pensando em vingança. Uma santa vingança em memória ao meu sensei, companheiras e à vila. Não poderia deixar isso passar impune, deveria fazer algo.

Simplesmente olho para trás por cima dos ombros, com a mão no bolso e digo:

- Falou comigo, Youmashiro Ikari Senpai?

Em meus olhos o ódio e a vingança brilhavam. Precisava pensar, não adiantaria correr para bater de frente com o inimigo sem saber muita coisa. Mas precisava treinar duro para poder enfrentá-lo. Não deixaria ele sair impune, então seria algo muito bem feito.

Narrando para Youmashiro Iki:

- Sim, foi com você... Como foi o gennin sobrevivente de meu amigo Jimo, que fomos do mesmo time no passado... - ele faz uma pausa, com ar lamentoso, passando novamente a mão no rosto. Você observava que ele tentava controlar as lágrimas e depois de um momento de silêncio, notando sua expressão disfarçada de indignição, já deduzindo que você iria atrás de vingança, ele então propõe:

- Youmashiro Iki. Quer passar a me acompanhar, partir de hoje? Eu não tenho nenhum gennin sob tutela, mas seria uma honra cuidar de você. - ele olha para trás e expressa seu motivo - Foi o último pedido dele... Antes dele falecer no final da tarde... Mas lhe aviso, você vai ser tratado como um companheiro e não haverá missões fáceis... Não temos mais gennins disponíveis, e estamos com falta de pessoas, mas temos uma vantagem de sermos do mesmo clã, o que pode facilitar o seu aprendizado. Está disposto?

Olho para a porta por onde eu iria sair e então volto meu olhar para o "parente" dizendo:

- Seria uma honra... mas adimito que não irei sobreviver por muito tempo. Ouço os boatos de que esse inimigo foi o mesmo que atacou Konoha e não acredito que com o que eu tenho posso auxiliar...

Então fecho a mão com toda a força, chegando a ferir a palma de minha mãos com minhas unhas e finalizo:

- Preciso treinar... não sou forte o suficiente.

Então deixo as lágrimas saírem.

Narrando para Youmashiro Iki:

Ele fecha os olhos, balançando a cabeça e depois olha para você determinado, esclarecendo sobre os acontecimentos:

- Caro Iki. Esses boatos ainda não foram confirmados, mas eu concordo com você: o inimigo é bem forte, pois Jimo era também muito forte. E, independente se você sobreviver ou não, ficar parado e lamentar não adiantará. Afinal, você sempre buscará um meio de ser o mais forte dentro do menor tempo possível... Quanto ao treino, não sei se teremos tempo, mas eu confio que você seja capaz, pois sobreviveu a ataque daquele inimigo, e até tem uma vantagem em relação a minha pessoa: conhece o padrão de ataque daquele ser, o que será bastante útil como informação. Eu fiz minha proposta a você, pensando não só nisso, mas pensando no futuro de Suna: quero ter um Youmashiro me supere, para que nossas gerações se tornem mais forte. Eu estou indo agora para o Templo do Kazekage. Se me acompanhar agora, vou entender que aceitou a proposta. O que vai ser?

Viro às costas e começo a sair do local dizendo:

- Está esperando muito parado aí. O Kazekage vai dormir nos aguardando, Ikari-Senpai.

Então ergo um dos braços fazendo um sinal de positivo com o polegar.