Extremo Leste - Campos dos Silvestres

* Assim que se dá conta daquela armadilha tinha feito próximo da gruta acionando, Moadib se esconde entre as árvores, melando os mantimentos e medicamentos que tinha pego para que não produzissem cheiro natural deles. E por ali, ele começa a se movimentar de volta para ver o que tinha acontecido. *

* Mais do que a nave, uma sensação de apego por aquela kanis passou a ser evidente para Moadib. Voltava sorrateiramente, porém o mais rápido possível. Temia que fosse aquele inimigo desconhecido que usava a essência. *

* Moadib rapidamente a toma nos braços sem pestanejar, levando-a de volta a gruta. Queria entender por que ela não tinha ficado quieto. Moadib a coloca de volta em conforto, perguntando, num surpreendente tom de repreensão: *

- *Uhooouuu* Por que saiu? Quer ser descoberta? Ele ainda pode estar rondando por aí.

* Moadib mais uma vez olha lá fora, para ver se estava tudo bem e novamente arma a armadilha e reforça a camada de lama em seu corpo e no corpo dela, aproveitando para inserir os medicamentos nela, ele pede: *

- *Uhooouuu* Se acalme. A partir de agora, vou defendê-la, até você se recuperar.

* Moadib, ouvindo aquilo, rapidamente diz severo e com força *

- *Uhooouuu* Engano. Eu me importo.

* Moadib contem a voz percebendo o que falou, se contem. E então esclarece *

- *Uhooouuu* Minha nave foi destruída ainda pouco. Não tenho mais como sair deste planeta por enquanto. Precisarei de alguém que conheça esse local melhor que eu. E você é uma pessoa confiável pra isso.

* E então, preparando o medicamento para poder parar a hemorragia interna, injetando nela, Moadib diz algo que até surpreende a si próprio dizendo de maneira direta e coesa. *

- *Uhooouuu* Além disso. Não quero que morra. É o que eu sinto neste exato momento. *Uhooouuu*

* E termino de injetar a primeira dose, monitorando curso do efeito, pelo visor da máscara. *

* Moadib reforça a dosagem com cuidado, para o efeito mais imediato e então espera os resultado. Ele espera que ela tenha muita vontade de viver. Moadib acreditava nisso. Até demonstrava admiração quando uma caça tenta persistir, mesmo diante das perpectivas de morte. Apesar de matar constantemente diversos seres, Moadib prezeva esse esforço pelo apego a vida. Isso valorizava muito sua caça. *

- *Uhoouuu* Agora só depende de você. Não posso exagerar nas dosagens. Descanse bem.

* Moadib começa a retirar as armaduras e então começa a tratar seus ferimentos e então remove a máscara, mantendo o respirador do qual dependendia. A kanis podia ver a face de Moadib por trás dela. Um rosto que não costumava a mostrar. Eles tinham uma expressão reflexiva e um olhar indefinido. *

Spoiler:

* Moadib apenas olha lá para fora, quando terminar de tratar seus ferimentos. *

* Ainda pensava numa maneira de se livrar daquele inimigo que usava e abusava de uma força impressionante de essência, depois que Yaha se recuperasse. *

* Entretanto preocupou-se com a quietude dela. Colocou o elmo de volta e ativou novamente o visor pra ver como estava o estado do corpo dela. *



- *Uhoouuuu*...

- *Uhoouuuu*...

* Moadib olha em direção a vila impressionado. Mas. Por hora, apenas se preocupou com o estado Yaha. *

- *Uhoouuuu* Yaha, tente relaxar. Os medicamentos não estão respondendo rápido. Tentarei uma maneira de fechar a hemorragia interna.

* Moadib começa a procurar instrumentos ou medicamentos que possam fazer efeito. Chegou a cogitar usar a essência para fechar o ferimento. Faria isso em último caso, pois queria evitar que ela tivesse um coágulo. *

]
* Moadib simplesmente não havia parado para pensar nisso. Agia muito pelo instinto das coisas, mesmo quando estava pensando ou analisando a situação. Mas a pergunta lhe faz pensar um pouco e ele a respondeu: *

- *Uhoouuuu* Não sei, ainda não parei para pensar nisso. Mas acredito que você vai me ajudar a sair deste local. Além disso, tentei ser "gentil" com seu povo. *Uhoouuu*. Mas, não deu certo e estamos aqui.

* Enquanto volta a atenção para a procura de algum medicamento, ele conclui: *

- *Uhooou* Não vim para esse planeta para caçá-los. Seu povo é civilizado demais para ser caçado. Atacá-los, foi minha "forma" de defesa.

* Moadib experimenta um estranho sentimento de amargura quando não encontra outro meio de parar de uma vez a questão da hemorragia. Ele se vira para ela e comenta: *

- *Uhoouuuu* Você está morrendo. Ainda que os medicamentos estejam fazendo efeito, sua hemorragia tem de ser parada. E infelizmente não encontrei nenhum outro método... Ah não ser usar o poder da essência para conseguir fechar a hemorragia. Mas... Correremos o risco de sermos identificados...

* Moadib externaliza sua preocupação com ela, através desta proposta: *

- *Uhooouuu* Eu quero te fazer uma pergunta. Se eu conseguir salvar sua vida, você pode me ajudar sair deste planeta? Na verdade... Mesmo que eu salve sua vida, eu estarei pagando um débito por aquele momento na luta contra o líder... *Uhooou*...

* Moadib espera a reação dela enquanto a imagem dela reflete no visor do elmo. *

* Moadib experimenta uma sensação da qual nunca tinha se dado conta durante esse anos de solidão que convivia. A de perda. Aquela Kanis não podia ver sua expressão por trás da máscara e o respiradouro. Ao mesmo tempo não sabia encontrar as palavras para responder o que sentia. Apenas deu uma profunda respiração e diz *

- *Uhoouuuu* Lamentável... Eu quero MUITO que você viva. Estou disposto a fazer isso. Você é a primeira pessoa que me importo. Mas não posso ir contra sua vontade... Se esse seu desejo... Vou respeitá-la.

* Moadib realmente lamenta, enquanto ainda monitora o estado dela pelo visor. Em seus pensamentos reflexivos. Nunca experimentou emoções, então passa encarar as coisas como preto no branco. Talvez uma maneira infantil, pela falta de convivência com as pessoas. Senão sentisse isso por ela, não se importaria com a existência daquela Kanis. Seria como qualquer um daquele povo. Apenas uma espécie.

* Segurou a hooksword caso seja necessário dar um fim mais rápido na vida dela. Mas pela primeira vez, sua mão tremeu com essa decisão. *

* Moadib segurava sua hooksword, e apontou contra ela, erguendo, pois queria muito matá-la para evitar seu sofrimento. Mas pela primeira vez, Moadib estava hesitante demais. Queria e deseja muito fazer algo. E fazer o contrário de matar era algo que simplesmente o fazia se sentir impotente e ele passou a tem um sentimento estranho de indignação. Experimentar aqueles tipos de emoção, era algo semelhante as lembranças do dia em que Necrifas invadiram seu planeta dizimando milhares de pessoas... *

* Quando essa lembranças vieram a tona, Moadib soltou hooksword de lado e então extendendo a palma da mão, ajustando o visor para focalizar a região do corpo onde era origem da hemorragia, ele avisa a Yaha: *

- *Uhoouuuu* Fique quieta. Vai doer um pouco e talvez possa matá-la. Mas será melhor que morrer lentamente. Mas tentarei agora salvar sua vida. E não se preocupe. Não pedirei mais nada em troca. * Uhooooouuuuu*

* Respirou profundo e concentrou-se, pois nunca tinha feito aquilo. E então focalizou a sua essência transformando-a num movimento leve e cuidadoso. Sua intenção fechar aquele coágulo e com visor concentrando-se naquela origem tentando fechar o tecido interno rompido.

* Concentrou-se como nunca tinha feito mas vontade salvar a vida de Yaha falava mais alto. *

* Assim que terminou a operação, Moadib apesar de não compreender de onde as vozes vem, simplesmente não se impactava muito de onde elas diziam sobre si. Afinal nunca se importou com honra e sim com a questão da sobrevivência. Na verdade, se sentia satisfeito por ter conseguido salvá-la, uma sensação até acima de qualquer caça difícil que tinha efetuado. Fazer o contrário de matar era algo interessante também, pela primeira vez Moadib julgou. *

* Moadib apenas se escorou a na estrutura da gruta, ofegante, tirando novamente a máscara, tentando sentir o ar ventilar em sua face, pois ela lhe sufucava. Mas ele não tira o respirador, pois era necessário pra sua manutenção de vida. Assim, fico respirando profundamente, até recuperar-se da tontura. Talvez agora ela fosse embora, afinal, tinha prometido que não exigiria nada em troca. Apenas proferiu para Yaha. *

-*Uhooouuuu* Quando se recuperar... *Uhoouuuu* Você pode ir se quiser... *Uhouuuuu* Como... *Uhooouuuu* Havia prometido... *Uhoouuu* Caso a salvasse... *Uhoouuu*...

* Moadib ainda estava se contendo naquele delírio de vozes para não entrar em colapso. Mas... Ela se dissipiram, ficou aliviado, ainda que com dificuldades respiratórias... *

* Vê Yaha agradecer e dizer que não iria mais embora, seu coração sobressaltou de maneira estranha. Tanto que movimentou a mão ao peito, ingenuamente. Não sabia que salvar alguém e receber um agradecimento poderia fazer algo assim. Mas, algo nela fazia Moadib ter uma percepção maior do que aquelas espécies kanis que haviam naquele planeta, lhe fazendo acredita, pela sensação que sente no pulsar do coração acelerado que. Não era só agradecimentos e dívidas de honra. Era com certeza um sensação diferente. *

* Moadib apenas olhou para Yaha acenando, enquanto respirava profundamente, dizendo e forma modesta e (estranhamente) cortez: *

- * Uhooouuuu * Eu é que lhe devia, Yaha. *Uhooouuu * Principalmente antes de fugirmos. *Uhuuuuoooo *



Moadib abaixa a cabeça, lembrando daquele instante em Yaha paralisa o líder, contribuindo para o ataque do inimigo.