Refúgio Yaha

* Moadib a segue observando em volta. Interessante como desta vez ele estava mais curioso do que os habituais Kanis, costumeiramente curiosos com qualquer coisa. *

* Moadib, com seu instinto caçador e um olhar aguçado lança uma tradicional identificação com o local, segurando rochas nas mãos, pegando alguns ramos e levando próximo da máscara, que tinha um sistema de identificação e filtro, funcionando como o ofato pra ele. Lugares novos sempre exigem esse reconhecimento habitual para ele. *

* Estranhamente Moadib lembrou-se do fato dela ter tido companheiras e olhou para Yaha lançando a seguinte pergunta: *

- *Uhooouuuu* A quanto tempo está sozinha?

- *Uhooouuuu* Você manipula bem sua essência.

* Elogia Moadib, enquanto olha em volta o local, vendo os materais eletrônicos e. Quanto mais a conhecia, mais Moadib cogitava realmente a possibilidade deles terem sido descendentes dos tais humanos de antigamente. Deduzia ali, a explicação do "apego" que vinha até por que, alguns costumes deles até lhe despertavam algumas lembranças de quando era parte de seu povo extinto. O planeta Kanis aos poucos lhe traziam algumas lembranças perdidas em seu subconsciente.*

* Moadib estava acostumado com sua solidão, por isso não se sentia muita importância por essas sensações e anseios, além de descontar toda sua vida a sobrevivência e a caça. Moadib não negava o apego. Ele poderia ter orgulho de ser um caçador solitário, mas não de ser aberto a algo que não conhecia. Mas mesmo assim, era desconfiado com esse sentimento. Ainda achava que isso iria lhe sacrificar algo. Por tanto, evitava falar sobre isso e aqueles gestos na gruta eram atípicos de sua postura. Era como realmente as vozes de sua mente lhe advertia... *

* Sua natureza estava afetava e não era mais a mesma. Tinha de ter algo de volta, além de apenas sobrevivência e caça. Algo que não tinha mais desde que seu povo foi extinto. Deu um suspiro raro, enquanto removia a máscara e o elmo para sua pele transpirar, olhando lá fora um tanto reflexivo. Temia mudar. *

- *Uhooouuuuu* Ok...

* Enquanto sentia um pouco da brisa lhe tocar o rosto, Moadib vira ouvindo as palavras de Yaha e acaba, com relance, fixando os olhos no corpo nu dela, enquanto esta entrava numa passagem da caverna. Normalmente não tinha vergonha de tal ato e nem demonstraram naquela hora em que a camuflava, mas... *

* ...Em sua calça acabou notando que o "volume" apareceu após tê-la visto assim, demonstrando que se excitara com aquela visão. Já tinha visto outras kanis nuas em banhos de manaciais, pela averiguações que fez e até achado excitante pela semelhança que eles tinham com uma fêmea de sua espécie, mas inexplicavelmente Yaha lhe produzia essas sensações mais fortes o suficiente, para que ficar pensando naquela visão por mais algum tempo. *

* Moadib tentou se distrair com os "lixos eletrônicos" que haviam ali, ajeitando o "volume" da calça, ainda pensando naquilo. Aquele repentino desejo que de vez enquando lhe incomodava na solidão, surgia em seu corpo de forma pulsante, tentando lhe desconcentrar da tarefa. *

* Depois de um tempo, Moadib desistiu do procurar algo. Aquela sensação fisiológica ainda lhe incomodava tanto que imediatamente largou a carcaça e partiu em direção a cortina, passando por ela rapidamente. Seu "volume" ainda estava evidente na calça. Sentia uma vontade imensa de ficar novamente vendo. O coração estava um tanto descompasado e ansioso quando se aproximava dali, e ficar observando-a discretamente de forma silenciosa e sagaz. Ao passar a mão na sua calça, sentiu vontade "tocar uma", imaginou aquele corpo se banhando. *

* Moadib apenas a observa. Estava excitado em olhar o corpo dela, assim como fazia nas observações com outras kanis. Mas. Pra ele era uma observação especial. Tentava controlar o ritmo de sua respiração, observando. Novamente aquelas sensações fisiológicas invadiam seu corpo. Um sentimento de "evitar aproximação", fez com que apenas ficasse observando, pois parecia um momento muito particular de Yaha, apesar de desejar muito se aproximar dela e fazer seu membro adentrar nela. Passou a mão no volume, como se tentasse controlar esse impulso. Assim que sentisse que ela tivesse terminando, retornaria para parte inicial da caverna como se nada tivesse acontecido. *

* Moadib sentiu um momento mais intenso do que a adrenalina de uma caça, quando voltou rapidamente a parte inicial da caverna. Ficara tão excitado e nervoso, que procurou ficar um pouco distante, quando ela voltasse. Tanto que não sabia se procuraria peças. Mas, fingir apenas era um trunfo usado pra suas caças. E Yaha era uma "humana" para ele. Era dificil lidar. Moadib estava confuso. Apenas ficou distante, esperando os passos dela pra retornar, sentando num canto distante da caverna, em "reflexão" por aquelas imagens do corpo de Yaha. Se perguntava que sensação era esta que estava sentindo, levando a mão ao volume pulsando e o coração descompassado. Teve de ajustador o respirador, pois estava quase em fôlego, de tão ansioso. *

* Estranhando isso, Moadib se levanta para verificar, pois ficara preocupado com isso. Ele então adentra a gruta novamente para entender o que havia acontencido, com certa cautela, pegando suas hookswords em punho. Considerava qualquer momento estranho perigo. Assim colocou o elmo e a máscara de volta, seguindo adentro. *

* Apesar de tentar deduzir o que estava pensando sobre a entrada, Moadib não vê uma lógica para o que estava acontencendo. Moadib rastreia o local a partir da entrada para ver se havia passagens ocultas ou algum mecanismo. Faz isso até chegar a parte do lago, onde ainda pouco observara Yaha. Procurava usar o sistema respiratório para detectar algum rastro do cheiro dela ou rastro de essência. Se perguntava pelo por que daquilo estar acontecendo. *

* Vendo aquilo, Moadib está movido pela curiosidade daquele momento, começa a remover suas roupas, ficando só com o respiradouro, do qual dependendia. Finca as hookswords no chão, e usando uma simples faca de caça, ele então mergulha no lago, indo em direção ao poço. Não se preocupava com a respiração, pois ele tinha uma tecnologia de filtro, já que ele também estava habituado a caçar na água. Mas isso não interessava. Apenas pensava naquela essência e onde Yaha havia ido. *

* Moadib seguia em frente, sem temer o que havia. Seu jeito cuidador e cauteloso parecia tê-lo abandonado neste momento, pois normalmente seria mais precavido. Entretanto, queria chegar a luz, como se ela fosse uma resposta para algo que procurava. Só pensava naquele corpo dela. Naquela essência. Talvez Moadib tenha finalmente encontrado algo mais interessante do que caçar. Pois nunca havia tido um objetivo forte, além da sobrevivência. *

* Quando a essência dela lhe desperta essas lembranças, Moadib não sente repuldio ou coisa parecida. Como dissera, ele não sentia um sentimento vingança pois sempre encarou com facínio o poder nécrifa, como algo da evolução, para superá-lo. Mas aquilo ainda era um pensamento secundário para o desejo de Moadib, que era tocar o corpo de Yaha. Ele se aproxima em movimento sinuoso na água, onde ela estava para lhe tocar devagar e com cuidado. Ele não sabia o que aquele contato faria, ainda mais manifestando energia que se assemelhava aos dos nécrifas. *

* Moadib obedece na hora. Se surpeende com o contato mental que ela fazia com ele. Imeditamente ele diz na mente dela: *

"Você está instável. Você precisa se acalmar. O estado de meditação é tudo numa essência. Foi assim que eu aprendi um pouco sobre a minha. Não pense em nada. Apenas se acalme"...

* Moadib fecha os olhos e começa a manifestar sua essência. Ainda não entendia todos os mistérios que ela possuia, mas queria evitar aquele veio negro tomasse Yaha. Um desejo não perdê-la lhe passou a mente. Mas evitou esse pensamento possessivo, pois de nada ajudaria. Concentrou-se e tentou fazer o papel de catalisador pra energia de Yaha. *